segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Moradores protestam contra ruas intransitáveis

Segunda-feira- 23 de novembro de 2015
Cansado de pedir solução, pedreiro tenta amenizar a situação precária
Quem mora em bairros que têm ruas de chão batido, neste caso a maioria dos existentes no município, passa os 12 meses do ano fazendo uma romaria até a Prefeitura Municipal, para em suas secretarias tentar, na maioria das vezes sem sucesso, encontrar soluções para as demandas existentes. 

São pessoas simples, de renda limitada, que buscam através do diálogo solucionar, por exemplo, problemas de infraestrutura que perduram o ano todo, mas que em 2015 foram agravados devido às fortes chuvas de outubro e que até o momento não foram solucionados.

Buracos, ausência de acostamento e bueiros destruídos ficam à espera não só do bom senso, mas, também da boa vontade dos gestores que ignoram os contribuintes da carga tributária da qual são reféns.

Um dos exemplos do desleixo da administração pública é o Loteamento Madeira. São apenas quatro quadras que formam um quarteirão onde o abandono parece ter chegado para ficar.
Cansado da romaria até a prefeitura, o pedreiro Leonardo dos Reis Cavalheiro utiliza com frequência as ferramentas de trabalho para amenizar a situação da rua onde constrói uma moradia.
- As lojas de materiais de construção se recusam a entrar neste bairro. Faço o pedido do que preciso e, ao ouvir onde devem entregar se recusam por causa dos buracos – desabafa Leonardo enquanto com a enxada usada para fazer a argamassa busca reduzir o diâmetro de uma das valas que cortam a rua que já lhe causou prejuízos.

- Como eles não entregam os materiais, o que é possível transporto no meu próprio carro e fazendo isso já furei o tanque de gasolina e perdi o escapamento – reclama.

Tão indignada quanto o pedreiro está à dona de casa Sandra Mar da Rocha Santana, 36 anos que enquanto mostra o esgoto correndo a céu aberto, dispara:
-Acredito que eu seja a que mais reclama. Já fui muitas vezes pedir solução à prefeitura, prometem que vão vir no dia seguinte, mas não aparecem –

Ela, enquanto moradora do loteamento, sente diariamente do descaso da administração já que é mãe de um adolescente com necessidades especiais que deveria frequentar a APAE diariamente, o que não ocorre.

- Quando chove o transporte que deveria levar meu filho não entra aqui, mas, já vi situação pior quando um doente precisou ser transportado de maca até a ambulância que aguardou na entrada do bairro- relembra.

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