quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Abigeato atormenta e provoca abandono em Bagé

Quinta-feira- 11 de dezembro
Com o fim de ano, os roubos se intensificam e as ovelhas são as mais visados
Produtor que chegou a perder cerca de R$ 30 mil e outro que desistiu de trabalhar na área rural. Estes são alguns dos exemplos de quem trabalha no campo e sofre há anos com o crime de abigeato na região de Bagé, RS. Com as festas de fim de ano, os roubos se intensificam e as ovelhas são os animais mais visados pelos ladrões.

Fanor Souza Alves, 68 anos, é militar da reserva e tem contato com o campo desde que nasceu. Produtor rural na localidade de Pedra Grande no Distrito de Palmas, a maior reclamação é relativa ao número elevado de abates. Alves relata que entre animais abatidos e arames cortados, o prejuízo já alcançou o valor de R$ 30 mil. Criador de ovinos e bovinos, as terras foram atacadas pelo menos 10 vezes.

Além do prejuízo pessoal, ele alerta também para a questão de saúde pública. "Sobre alguns produtos aplicados nos animais sabemos que o abate só pode ocorrer depois de um determinado tempo. Os ladrões podem atacar antes deste período. Onde vão parar estas carnes?", pergunta em tom de protesto. Além da falta de segurança, o produtor lembra que há algum tempo o tipo de crime não era recorrente. "De uns 15 anos para cá os casos dobraram", comenta.

Abandono do campo
A falta de interesse na produção rural é outra preocupação. Alves relata que a insegurança pode afastar o interesse no campo. "Quem vai querer produzir para ser roubado?", questiona. O presidente do Núcleo de Produtores de Terneiros de Corte de Bagé, Valdomiro Resner, fala também sobre possíveis reflexos com a saída de produtores do campo, já que a redução da produção pode ter influência no preço da carne. "É preciso tomar providências porque se os produtores pararem o trabalho ocorrerá um aumento no valor", avisa. 

Fiscalização aquém
Os criadores afirmam também que a fiscalização não é suficiente para suprir a demanda e mesmo com os registros na polícia, os números não diminuem. Resner sofreu danos na propriedade na madrugada de sábado (06), quando o arame da propriedade foi cortado em seis partes. "Precisei procurar um alambrador no domingo para os animais não fugirem", conta. Desta vez nenhum bicho foi perdido, entretanto, nos quatro anos em que cria na localidade de Passo do Perez, já perdeu aproximadamente 70 ovelhas.

O proprietário de uma estância na localidade de Joca Tavares, próximo ao Posto 50, teve duas vacas carneadas no começo deste mês. Os bandidos deixaram os restos dos animais no campo. A vítima informou ter percebido a marca de pneus de dois carros na propriedade e relatou ainda que nenhum arame foi cortado.

Hilário Silveira, 66 anos, trabalhou na Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e desde 1991 é produtor rural. Após sucessivos assaltos e furtos, desistiu do trabalho no campo. "Vou vender tudo", lamenta. Também morador da localidade do Passo do Perez, o caseiro de Silveira sofreu um assalto cerca de três meses atrás. Conforme o proprietário, os ladrões levaram R$ 20 mil e todo o material de um galpão e das casas. Além do prejuízo, os roubos amedrontam aos produtores e suas famílias. "A mulher não quer ficar na campanha", revela.

Audácia no final do ano
O coordenador do policiamento rural ostensivo, tenente Eduardo Azambuja Martins, afirma que após o fim do inverno, os números começam a aumentar. "As temperaturas são mais altas e as estradas estão em melhores condições pela redução das chuvas", explica. Além do clima, a proximidade das festas de fim de ano faz com que os bandidos se arrisquem mais.

Além do trabalho no campo, Martins ressalta as fiscalizações na cidade "A maior parte da carne é vendida em comércios pequenos", diz. As fiscalizações do programa Ações Integradas de Segurança Rural (Acinser), são uma maneira de reduzir os índices. "Os comerciantes passam a sofrer autuações e deixam de comprar a carne", relata. O policial lembra também, que conforme o Mapa da Criminalidade houve redução dos números desde o ano de 2008. Em 2008 foram 272 casos, em 2009 o registros chegaram a 227 em 2010 e 2011, 188 casos, 2012 foram 166 casos e em 2013 apenas 96.

Tem que registrar
O coordenador do Acinser, Reni Dorneles, afirma que o registro em boletim de ocorrência é a melhor forma de facilitar a investigação. Segundo Dorneles, muitas vezes os proprietários só percebem a falta dos animais após alguns dias. "Depois já não é mais possível conseguir mandados de busca e apreensão, principalmente nas residências dos abigeatários contumazes", declara.

O delegado titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), Cristiano Rita, informa que as fiscalizações serão intensificadas no final do ano, devido o aumento dos índices de roubo de animais.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Mauro Castro pede providências para a Rui Ramos

Quarta-feira- 10 de dezembro
Casa abaixo do nível da rua está ameaçada podendo ser invadida pela chuva
Na sessão legislativa, excepcionalmente esta semana realizada na quarta-feira, 10 de dezembro, o vereador Mauro Euclides Castro, PMDB, requisitou através de requerimento, urgência ao executivo na reconstrução da estrutura localizada na Rua Rui Ramos, bairro Vila Nova, destruída pela enxurrada do dia 03 de novembro quando em Piratini choveu em apenas duas horas, 84 milímetros.

Mais de um mês depois, asfalto, meio fio e bueiros, estão da mesma forma que a enchente deixou, mesmo que a gravidade da situação mostre à necessária e imediata manutenção.
Assim, Jaciara Domingues Gonçalves, 29 anos, única moradora do local  (a outra residência situada abaixo do nível da rua foi abandonada) junto com cinco filhos menores de idade, continua a ficar apreensiva a cada chuva que cai, temendo que a água leve o que restou da contenção e invada a moradia.

- Peço ao executivo que em caráter de urgência determine que a secretaria competente faça ali uma barreira de contenção. Até mesmo a pavimentação está frágil, podendo a qualquer momento ocasionar um desmoronamento em cima da residência que abriga a família – disse Castro ao se pronunciar acrescentando que a situação é uma tragédia anunciada.

Câmara aprova e repasse da APAE não tem aumento

Quarta-feira- 10 de dezembro
Estrutura da entidade está maior, mas repasse segue com o mesmo valor
Sem a resistência de nenhuma bancada, o que já era esperando, a Câmara de Vereadores aprovou na quarta-feira, 10, o Projeto de Lei do Executivo que renova o auxílio financeiro à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

O amparo financeiro recomeça no mês de janeiro e se estende por 12 meses ao longo de 2015.
O valor aprovado foi de dez mil reais, o que frustrou as pretensões apaianas que pleiteava junto à Prefeitura de Piratini 13 mil reais, aumento que amenizaria os gastos elevados mensalmente com os 84 alunos.

Ao receber a notícia de que o valor do repasse passou no legislativo ser nenhum acréscimo, Cátia Dutra Ulguim, diretora da APAE, se mostrou um pouco decepcionada devido à meta almejada não ter sido alcançada.
- Há muito tempo o repasse se mantém em dez mil. Pedimos o aumento devido à elevação do número de alunos que aumentou de forma significativa, sem falar na contratação de um neurologista e uma fonoaudióloga, o que onera em muito para a entidade – explica Cátia.

Para mostrar que o montante repassado pela prefeitura está defasado, ela deu como exemplo às consultas com o neurologista que cobra R$ 100,00 cada, mas o Sistema Único de Saúde( SUS) repassa apenas dez reais por procedimento.

- Para cobrir a diferença nós desembolsamos R$ 90.00. Está a cada dia mais difícil manter a atual estrutura que presta um bom atendimento, o que em minha opinião deveria ser levado em consideração pela prefeitura – finaliza.

Feriado:reclamações levaram ao fechamento das lojas

Quarte-feira-10 de dezembro
Reclamações de funcionários do comércio varejista de Piratini ao sindicato da categoria situado em Canguçu, mas que também responde pela capital farroupilha, pela primeira vez  em 17 anos permitiu que os comerciários pudessem ficar em casa na segunda-feira, dia 08, feriado da padroeira do município Nossa Senhora da Conceição.

Foi o que revelou na quarta-feira, 10, Graciele Muller, assessora do presidente da entidade, Almir Bastos, que, de posse de uma cópia da lei aprovada na câmara em 1997, já às véspera do feriado passou a veicular uma nota nas rádios locais alertando os comerciantes sobre a obrigatoriedade de respeitar a data não abrindo as portas na última segunda-feira.

- Como agora temos uma sala para atendimento também em Piratini, recebemos indagações de comerciários sobre o motivo pelo qual o que reza a lei não era respeitado na cidade, mas, em Canguçu, que tem a mesma padroeira, sempre é feriado – revela a assessora.
A obediência à determinação frustrou a grande maioria dos lojistas que, tradicionalmente reservam o dia 08 de dezembro maiores descontos e promoções na tentativa de evitar que haja uma debanda dos clientes para Pelotas, centro comercial mais próximo e grande concorrente do comércio local.

Mas a vitória dos funcionários em 2014 não significa a certeza de que a partir de agora as coisas irão funcionar desta maneira.
- Não temos o poder de fiscalização e não podemos obrigar os lojistas fecharem neste dia, mas, temos sim o poder se fazer uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho caso isso volte a ocorrer – alertou Graciele.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Uso de cinto reduz danos em acidente no interior

Terça-feira- 09 de dezembro
Com a aposentada em seu interior, veículo disparou e acabou capotando
Na tarde da segunda-feira, 08, um acidente envolvendo uma caminhonete Ford Pampa com placas de Piratini resultou em danos materiais.
O fato ocorreu quando Rogério de Souza Lucas, 34 anos, e sua mãe, Ivone de Souza Lucas, 72 anos, se deslocavam do interior de Piratini para a cidade de Pinheiro Machado.

Logo após saírem de sua residência, na Serra das Asperezas, nas proximidades da Fazenda São João, um problema no freio estacionário acabou fazendo com que a caminhonete de cor preta, disparasse e colidisse com uma barranca.

 O episódio acorreu na Estrada da Libânea após o jovem acionar o freio de mão e descer para fechar a porteira. Foi quando então, percebeu que seu veículo estava em movimento. Sem nada a fazer, apenas restou-lhe observar o transporte enveredar e subir no barranco da estrada vindo a capotar.

De cabeça para baixo, a aposentada ficou suspensa pelo cinto de segurança o que evitou que ela choca-se contra o pára-brisa, sendo retirada praticamente ilesa com apenas pequenas escoriações em uma de suas mãos.

O veículo que teve avariado o teto, a porta direita, o pára-brisa e um farol, voltou à posição de origem com o auxílio de um trator com guincho.

Para Lucas, o cinto foi o que evitou que sua mãe tivesse ferimentos graves e alertou para importância do uso constante deste equipamento de segurança.

 - Mesmo na zona rural, onde as pessoas não têm o hábito de colocarem o cinto, devemos utilizá-lo sempre, pois não soubemos nem quando e nem onde podemos sofrer uma simples batida ou até mesmo uma colisão mais forte -


Secretária avalia cursos do Pronatec em 2014

Terça-feira- 09 de dezembro
Aprendizado de pintura predial foi um dos cursos oferecidos através do Pronatec
O ano de 2014 foi promissor para a Prefeitura de Piratini na área de qualificação da mão de obra preparando assim alunos dos cursos oferecidos gratuitamente através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Ao menos é assim que avalia a secretária de cidadania e assistência social Paula Almeida que esta semana fez uma ampla avaliação das formações em parceria com o SENAI, SENAC e SEST SENAT.

Segundo Paula, a meta com o público o qual sua secretaria tem sua responsabilidade não só enquanto obrigações inerentes da pasta, mas, também como cidadão, atingiu a meta pretendida ao qualificar pessoas que na grande maioria das vezes não possuem condições financeiras para custear uma formação particular.
- Nós os auxiliamos para que tenham uma perspectiva de vida melhor ao se inserirem no mercado de trabalho de acordo com sua realidade e escolaridade – explica a secretária. Inclusive, é em cima do nível escolar da população ainda dependente do programa Bolsa Família que os cursos são escolhidos.
- A intenção é que eles não só se formam, mas, também atuem nas áreas escolhidas. A baixa escolaridade às vezes é um problema, assim, temos o cuidado no momento de escolher o que ofertar – completa Paula.

Foram 89 formandos este ano, e Piratini, assegura a gestora, no que diz respeito à evasão ficou abaixo da média de desistência que é de três alunos por curso.
Ainda para este mês, 20 vagas serão abertas para o curso de revestimento cerâmico.