terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Câmara adia votação do aumento do funcionalismo


Terça-feira- 13 de fevereiro de 2019
Sob protesto de uns e argumentos de outros, votação foi adiada
E virou novela. Pela segunda semana consecutiva a Câmara de Vereadores não votou o Projeto de Lei do Executivo que concede aumento para os servidores públicos municipais, o que já havia ocorrido na sessão ordinária da semana passada, quando, por discordar do índice descrito no texto da matéria, o vereador Manoel Rodrigues, do Progressistas, pediu vistas ao projeto para usar a semana anterior para convencer o prefeito Vitor Ivan Gonçalves Rodrigues (PDT) a ampliar o aumento.

“Fui até ele porque entendo ser justo conceder ao invés de 3,75%, o índice da União que foi usado para o aumento do salário mínimo, que foi de 4,61. Sei que a diferença pode parecer irrisória, mas para o funcionalismo pesa a favor”, justificou Rodrigues.

O fato é que o vereador não obteve sucesso em sua empreitada, e quando se esperava que a matéria fosse à votação na sessão dessa segunda-feira (11), por também discordar do índice, o vereador Jimmy Carter (PMDB), requisitou novo pedido de vistas, o que pelo Regimento Interno da casa não seria possível.

“Faço isso porque na verdade o vereador Manoel pediu foi a retirada do projeto na reunião anterior, e não vistas. Argumento que essa reposição sugerida tem que ser mais discutida pela classe em questão. Também entendo que o valor instituído pelo prefeito está abaixo do índice nacional e há uma lei municipal que obriga que a reposição seja de no mínimo de 4%”, lembrou Carter.

A posição de parlamentar do MDB irritou o vereador Alex Matos, do Progressistas, que é funcionário público de carreia e também presidente do legislativo. Matos argumentou que a demora em votar o projeto já prejudicou aqueles que saíram em férias, pois estes  já poderiam ter recebido o aumento.

“Que bom que o município conseguisse dar um pouco mais, mas conversei com o prefeito e nesse momento é impossível. Não há como conceder um índice maior de reajuste. Cabe a luta, mas o  aumento proposto vai conciliar a necessidade do funcionário com a possibilidade do município. Sei que há uma defasagem absurda que já vem de muitos governos, uma vez que o nosso piso deveria ser no valor de um salário e meio nacional, e hoje é de apenas R$ 638,00, mas por hora 3.75% é o que  se apresenta. Ficou para a próxima sessão, mas 
mas de nada vai adiantar”, disse o presidente.

Sérgio Castro (PDT), que é líder do governo contribuiu para discussão e manifestou sua indignação com a não votação do projeto na reunião em questão.

“Esse índice é a inflação acumulada em 2018, então é legal. É preciso levar em conta o esforço brutal que está sendo feito pelo Executivo durante esses dois anos de gestão, e uma prova disso é que, mesmo diante da crise, recentemente votamos um aumento que ultrapassou 12% no que diz respeito ao auxílio alimentação, enquanto muitos municípios na região estão acabando com esse benefício. Concordo que os funcionários merecem mais, mas podem espremer que não será possível um centavo além”, concluiu.

Nael Rosa- redator responsável
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