Terça-feira- 13 de fevereiro de 2019
Sob protesto de uns e argumentos de outros, votação foi adiada |
E virou novela. Pela segunda
semana consecutiva a Câmara de Vereadores não votou o Projeto de Lei do
Executivo que concede aumento para os servidores públicos municipais, o que já
havia ocorrido na sessão ordinária da semana passada, quando, por discordar do
índice descrito no texto da matéria, o vereador Manoel Rodrigues, do
Progressistas, pediu vistas ao projeto para usar a semana anterior para
convencer o prefeito Vitor Ivan Gonçalves Rodrigues (PDT) a ampliar o aumento.
“Fui até ele porque entendo ser
justo conceder ao invés de 3,75%, o índice da União que foi usado para o
aumento do salário mínimo, que foi de 4,61. Sei que a diferença pode parecer
irrisória, mas para o funcionalismo pesa a favor”, justificou Rodrigues.
O fato é que o vereador não
obteve sucesso em sua empreitada, e quando se esperava que a matéria fosse à votação
na sessão dessa segunda-feira (11), por também discordar do índice, o vereador
Jimmy Carter (PMDB), requisitou novo pedido de vistas, o que pelo Regimento Interno
da casa não seria possível.
“Faço isso porque na verdade o
vereador Manoel pediu foi a retirada do projeto na reunião anterior, e não
vistas. Argumento que essa reposição sugerida tem que ser mais discutida pela
classe em questão. Também entendo que o valor instituído pelo prefeito está
abaixo do índice nacional e há uma lei municipal que obriga que a reposição
seja de no mínimo de 4%”, lembrou Carter.
A posição de parlamentar do MDB
irritou o vereador Alex Matos, do Progressistas, que é funcionário público de
carreia e também presidente do legislativo. Matos argumentou que a demora em
votar o projeto já prejudicou aqueles que saíram em férias, pois estes já poderiam ter recebido o aumento.
“Que bom que o município
conseguisse dar um pouco mais, mas conversei com o prefeito e nesse momento é impossível. Não há como conceder um índice maior de reajuste.
Cabe a luta, mas o aumento proposto vai conciliar a necessidade do funcionário com a
possibilidade do município. Sei que há uma defasagem absurda que já vem de
muitos governos, uma vez que o nosso piso deveria ser no valor de um salário e meio
nacional, e hoje é de apenas R$ 638,00, mas por hora 3.75% é o que se apresenta. Ficou para a próxima sessão, mas
mas de nada vai adiantar”, disse o presidente.
Sérgio Castro (PDT), que é líder
do governo contribuiu para discussão e manifestou sua indignação com a não
votação do projeto na reunião em questão.
“Esse índice é a inflação acumulada
em 2018, então é legal. É preciso levar em conta o esforço brutal que está
sendo feito pelo Executivo durante esses dois anos de gestão, e uma prova disso
é que, mesmo diante da crise, recentemente votamos um aumento que ultrapassou
12% no que diz respeito ao auxílio alimentação, enquanto muitos municípios na
região estão acabando com esse benefício. Concordo que os funcionários merecem
mais, mas podem espremer que não será possível um centavo além”, concluiu.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: whats-53-84586380
Cel: 53-999502191
email: naelrosa@nativafmpiratini.com
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe sua opinião! Pois a mesma é de extrema importância para nós!