Quarta-feira, 13 de fevereiro
A partir de que idade despertamos para praticar aquilo que certamente nos torna seres humanos melhores? Para o menino Pinheirense Othávyo Teixeira de Sena, 10 anos, a solidariedade com o próximo começou aos 08 anos em sala de aula, local onde todas as classes sociais se encontram para obter o que é um direito a todos: a educação.
Após um episódio com um colega nas series iniciais ele tomou uma decisão: ia contribuir para que a desigualdade nesse sentido fosse reduzida.
“Um dia apareceu um aluno sem mochila e a professora pediu se alguém poderia ajudar. Doei a mochila e outros itens para ele”.
Depois desse gesto de humanidade Othávio e a família arregaçaram as mangas e passaram a se envolver em campanhas sociais como a do agasalho, por exemplo.
Mas a preferida do garoto ocorre exatamente nessa época do ano, quando o orçamento das famílias carentes, isso caso ele exista, aperta para equipar os filhos na volta às aulas.
“Depois que doei o material para meu colega passamos a visitar o comércio, do gênero ou não, arrecadando o que é necessário para estudar. Em 2018 conseguimos 45 kits, mas esse ano a meta foi mais que dobrar e ultrapassamos 100 unidades”, disse o menino que é um exemplo a ser seguido.
Na casa onde mora com a mãe Carla Teixeira, para todo lado que se olhe há cadernos, borrachas- lápis de escrever ou de cor, giz de cera- canetinhas, apontadores, tesouras e cola, o que provoca sorrisos de satisfação em Othávio que se anima por estar chegando a hora de entregar tudo que conseguiu para os diretores das escolas municipais de Pinheiro Machado.
“Entregarei às direções e estas vão doar aos alunos carentes. Isso me faz feliz porque me coloco no lugar deles e, caso eu não tivesse com o que estudar gostaria que alguém me doasse”, explica.
Cheia de orgulho a mãe Carla Teixeira disse que devido à família ser de poucos recursos esta é a maneira que eles encontraram de retribuir o que outrora a população da cidade fez por ela.
“Sete anos atrás eu estive muito doente. Internada em sem dinheiro, recebi a ajuda de muitas pessoas para me curar. Depois disso passamos a nos envolver em campanhas para colaborar com quem precisa, e ele sempre nos acompanhou nos locais aonde vamos pedir, assim, por estar no meio dessas ações acredito que isso contribuiu para ele também tomar a iniciativa”, disse a mãe.
Nael Rosa- redator responsável
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