Segunda-feira- 03 de fevereiro de 2019
A funcionária pública Angelita Bederode Silveira, 47 anos, é uma apaixonada por animais, principalmente por cães, inclusive os de rua, tanto que dos cinco cachorros que tem em sua casa na ERS 702, quatro não tinham donos, foram abandonados, mas adotados por ela.
A nora Luciana Oliveira não foge à regra: tem outros quatro também recolhidos de situações precárias. Entre os cachorros de Luciana, aquela que há quatro meses foi abandonada no Loteamento Maria Enilda, foi batizada de pretinha e que para nora e a sogra é especial.
“Ela chegou se movimentando muito pouco. Levamos para o veterinário que através deu uma ressonância a diagnosticou com artrose degenerativa”, relembra Angelita. Ampliava-se ali uma história de amor que vai beneficiar outras cadelas e cachorros que assim como pretinha por ventura tenham perdido o movimento das patas.
Para que a companheira de Luciana Oliveira tivesse uma vida com menos dor e sofrimento, tratamento com remédios que para a renda da tratadora são extremamente caros, muitas doses do que entre os donos não falta: amor, e uma ideia tirada da internet.
“Somente com ela a conta já chegou a R$ 700,00, o que deu resultado, mas precisávamos de mais, pois queríamos que ela tivesse ao menos parte da independência, ou seja, se movimentasse, o que devido a doença já não acontecia”, disse Angelita.
Ao consultar sites que vendiam cadeirinhas e andadores para cães em situações como esta, ela achou o preço um tanto “salgado”, assim, na companhia do neto Eric, usou a criatividade.
“Usamos canos e conexões de pvc e rodinhas de bicicleta para crianças, e deu certo. Hoje, mesmo com alguma dificuldade ela anda. Assim tive a ideia de passar a fazer os andadores para cães pertencentes a outras pessoas, bastando para isso que me deem o material que é de baixo custo, pois é muito triste ver eles sofrendo por causa da deficiência.
“O cão é o único que você sai e volta e ele está ali, sempre te esperando. Já o humano te trai”, observou a funcionária pública que já foi destaque na mídia estadual ao recolher e levar para casa em 2014, sete gambás achando que eram raposas. Na época ela garantiu que havia sido amor à primeira vista.
Os gambás morreram, mas esse ano ela foi além ao se apaixonar por cobras cruzeiras, uma das mais peçonhentas do sul do Brasil.
“Encontrei quinze ovos na minha propriedade rural e trouxe pra casa. Os ovos começaram a descascar e eu me emocionei diante de tanta beleza, já que não entendo como pessoas não gostam de cobras, uma vez que é um animal lindo e que só ataca para se defender, na maioria das vezes em seu habitat, também invadido por nós humanos”, destaca Angelita que, até soltar os filhotes de cruzeira os manteve acondicionados em um local que permitia a respiração das serpentes, ao lado da cama, inclusive enquanto dormia.
" Também tenho meus medos. Detesto formigas e cascudos", confessa.
Nael Rosa- redator responsável
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