José Nilton já passou por 1024 cidades |
A aventura que começou
em junho de 2009, teve em Piratini, a tomada de fôlego final para cumprir os
últimos dois, da jornada de cinquenta mil quilômetros em cima de uma bicicleta.
Falante, habilidoso em fazer amizades e cativar seus
imprescindíveis colaboradores em cada uma das 1024 cidades onde realizou as
necessárias paradas, José Nilton de Brito, 55 anos, chegou à capital farroupilha
na segunda-feira depois de cumprir os 34 quilômetros de estrada de chão que
separam Pinheiro Machado de Piratini.
No ponto de táxi da Avenida Mauricio Cardoso fez
amizade com os taxistas e armou sua singela barraca para pernoitar sem nenhum
conforto em um saco de dormir, transportado junto com uma panela, reportagens
de jornais de onde já passou e um caderno onde registra as peculiaridades e
testemunhos que comprovam a quilometragem apontada.
- Eu queria conhecer um pouco dessa nossa diversidade,
das peculiaridades dos povos ribeirinhos nortistas, camponeses da zona rural do
nordeste e desse Brasil europeu que é o sul do país, então agi pela razão e não
pela emoção, pois ao contrário seria um velho frustrado – resume o aventureiro.
Próximo de atingir seu objetivo de extremos geográficos
chegando ao Chuí, o ciclista amplia suas intenções:
Aventureiro percorrerá 50 mil quilometros |
Dos vários Estados pelos quais passou, Nilton destacou
dois por sua hospitalidade e solidariedade, evitando algumas vezes que ele
tivesse que pousar ao relento.
- Todos os brasileiros são bons, mas os mineiros e os
gaúchos são os povos mais hospitaleiros. No início, quando ainda havia dinheiro, eu
dormia em hotéis baratos, mas depois passei a me ajeitar em rodoviárias, paradas
e postos de gasolina – relatou Nilton.
À volta, se uma empresa que fabrica bicicletas não
confirmar seu patrocínio para que ele faça percurso de forma inversa, será de
avião e assim, mais rápido ele poderá segurar o neto que nasceu durante sua
jornada sobre rodas.
- É claro que às vezes choro de saudade, mas me sinto
feliz e agradecido a Deus por ter permitido que eu acreditasse em meu potencial
para realizar esse sonho – finaliza.
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