Sexta-feira- 07 de agosto
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Corsa despencou de uma altura de oito metros |
Recuperando-se física e
emocionalmente da tragédia que vai ficar marcada principalmente na vida dos
quatro sobreviventes, Vagner Guastucci aceitou falar do acidente que tirou aos 33
anos, a vida do empresário Deivid Neves na quarta-feira, 05 de agosto na BR
293.
Com uma fratura no osso de
nome Externo que compõe a estrutura do peito, Vagner recordou os não mais que
60 segundos que antecederam a queda em um barranco de aproximadamente oito
metros e que pela quantidade de pedras em sua base poderia ter causado a morte
dos demais ocupantes.
- A chuva havia reduzido,
mas, ainda caia. Ali, na Capela da Buena (quilometro 37) o Deivid se posicionou
atrás da carreta e, logo a seguir, fez a ultrapassagem. Acredito que uns 300
metros depois o carro começou a girar em cima da pista, saiu da estrada e bateu
em algo que o fez capotar uma vez – recordou Vagner.
Esse momento pode ter sido
crucial para o óbito de Deivid que, confirmou o amigo, não estava usando o
cinto de segurança ao contrário dos demais. Acontece que o primeiro choque com
o objeto que ele acredita ter sido uma pedra, foi no parabrisa bem na altura da cabeça do condutor.
- Depois disso voamos até o
carro bater de frente no solo. Um a um fomos perguntando se todos estavam bem.
O Deivid foi único que não respondeu. Tinha um corte profundo na cabeça e, durante
uma hora, tempo em que levou para chegar o socorro, ele agonizou com parte do
corpo no colo do Adriano Treicha – recorda Vagner que continua:
- Em seguida parou um
motorista da Secretaria de Saúde de Bagé. Ele desceu até o local onde os dois
estavam, avaliou a situação, retornou e disse que não havia mais o que fazer –
Com a chegada do Samu e da
Polícia Rodoviária Federal, Deivid que teve perda de massa cefálica foi trazido
para o Hospital Nossa Senhora da Conceição.
- Na viagem de ida para
Canguçu fomos pela estrada de chão. O carro atolou e, como na hora de retornar
a chuva ainda não havia parado, decidiu-se voltar pelo asfalto por uma questão
de segurança – acrescenta.
Entre os questionamentos sobre
uma tragédia que comoveu a cidade, pois, a vítima era querida principalmente no
meio tradicionalista sendo ligada ao Piquete Resto de 35, uma dúvida intriga
Vagner e ele a resume em uma frase:- Estava só nos arames-
Ele se refere ao estado do
pneu esquerdo traseiro que desconfia possa ter estourado logo após a
ultrapassagem. Outra possibilidade é que o Corsa tenha aquaplanado devido a
grande quantidade de chuva.
Os demais ocupantes tiveram
ferimentos leves.
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