sábado, 12 de março de 2016

Comandante da BM divulga nota de esclarecimento

Sábado- 12 de março de 2016
Eu 1º sargento Alci Espinosa de Vasconcelos, comandante da Brigada  Militar de Piratini, venho  através deste  informar que no dia dos fatos envolvendo o sd Edelmiro e seu irmão Armandinho, e que ocasionou no morte de duas pessoas, por volta das 20:00horas, eu estava em minha casa quando recebi um telefonema do sgt Izair que se encontrava de serviço naquela noite e este me relatou que o sd Edelmiro teria efetuado um ligação via 190 para a Brigada  e informado que teria entrado em confronto com abigeatários na propriedade do Seu Armando que é pai de Edelmiro e do  confronto restaram os dois abigeatários mortos.

Relatou e que um veÍculo Fiat, cor escura, teria fugado em direção ao Cancelão. Diante disso, eu na qualidade de comandante direto do sd            Edelmiro e com obrigação funcional de sempre que ficar sabendo de ocorrências dessa natureza envolvendo algum servidor que seja  meu subordinado acontecer, deverei  comparecer no local, desloquei até o local juntamente com o sgt Izair e sd Dias , quando entramos no corredor que do acesso ao  local da ocorrência  nos deparamos com um taxi vindo em nossa direção. Abordamos o taxi e constatamos que se tratava do sr Armando, pai do sd Edelmiro. Perguntamos onde  o sd Edelmiro estava  e ele respondeu: logo a diante. Liberamos o táxi e seguimos em frente.

 Chegando lá, nos deparamos com o sd Edelmiro e seu irmão conhecido por Armandinho sentados na parte traseira da caminhonete de propriedade deles mesmo, e um Chevette cor aparentemente amarela, com duas pessoas dentro  em óbito, sendo que um delas encontrava-se com um revolver na mão e a outro com uma arma longa encostada  no ombro,  depois da perícia feita descobri que se tratava de um revolver calibre 38 e a uma arma calibre 28 cano longo. O rosto do motorista estava coberto parcialmente por um boné e o do carona estava irreconhecível. Perguntei para o sd Edelmiro o que teria acontecido ali, o mesmo respondeu que teria ido até a chácara de se pai para deixar ferramentas por que no outro dia alguém iria lá para consertar um alambrado. Deixou o material dentro da casa e saiu para ir embora resolveram passar na casa de um vizinho que mora quase na frente da entrada da chácara para apanhar ovos e ali permaneceram conversando e tomando um chimarrão, neste momento teria passado por eles um veiculo Fiat cor escura e andado pelo corredor por mais ou menos um quilometro e retornando vagarosamente para logo em seguida em um altinho do corredor.

 Também avistou o Chevette saindo da chácara de seu pai e, diante disso, correu a pé em direção ao Chevette. Os ocupantes teriam efetuado disparou de arma de fogo em sua direção, o qual foi revidado. Seu irmão  Armandinho, como é conhecido, pegou a caminhonete e foi em sua direção, embarcou e saíram atrás do Chevette dos qual os ocupantes  continuaram a efetuar os disparos  e o sd Edelmiro revidou , que conseguiram parar o Chevette.

Perguntei se teria algum bovino abatido o sd Edelmiro respondeu que talvez sim, não tinha certeza, diante disso orientei o sgt Izair a permanecer por ali, a fim de manter isolado aquele local e desloquei até a vila do Cancelão para efetuar contato telefônico com a Policia Civil e solicita-los no local da ocorrência, e também informar minha comandante direta capitã Madalena.

Posterior a esses contatos fui até um bar e comprei refrigerante e bolachas, pois a guarnição de serviço não tinha jantado e com a espera da Policia Civil e depois o Instituto Geral de Perícia (IGP ) a ocorrência iria se estender até a madrugada. Posteriormente, me  desloquei até a praça do Cancelão e ali permaneci por uma hora e meia, aguardando os agentes da Policia Civil para leva-los até o local da ocorrência, nesse momento fiz contato com o sr Roberto Pinheiro que é comerciante no Cancelão e perguntei se ele conhecia os proprietários de um Chevette amarelo, o mesmo respondeu que não lembrava de nenhum Chevette dessa cor por ali.

O sd Dias recebeu uma mensagem wats do sd Daniel informando que ele e o sd Eduardo estavam deslocando com os agentes da Policia Civil por outra estrada que fica mais rápida a chegada, e que já estavam levando o sd Fao que estava entrando de serviço naquele horário.

Diante disso, desloquei novamente para o local da ocorrência, chegando lá me deparei com os agentes da Policia Civil Fernando e Carol, mais os soldados Daniel,  Fao e Eduardo.
O policial civil Fernando constatou os dois ocupantes do Chevette estavam em óbito e disse que iria até a cidade para buscar o delegado e solicitar a presença do Instituto Geral de Pericia, o qual foi feito.
O  sd Daniel e sd Eduardo e sd Dias foram juntos com os agentes da Policia Civil, ficando ali no local somente eu a guarnição de serviço sgt Izair e sd Fao, mais sd Edelmiro e seu irmão Armandinho, que enquanto aguardávamos o delegado e o IGP, decidi ir até a chácara para ver  se algum bovino teria sido abatido, então pedi que Armandinho me acompanhasse até  a chácara para que eu fizesse uma averiguação. Chegando lá, constatei um bovino abatido com provavelmente um tiro na cabeça. O animal estava completamente carneado, só restando no local cabeça, carcaça e buchada.

Logo em seguida chegou o delegado de policia de Piratini. Informei o mesmo que havia um bovino carneado na propriedade do pai de Edelmiro. Posteriormente chegou o pessoal do IGP e começaram a fazer o trabalho deles.  Ao abrir o porta-malas do Chevette tinha dentro 04 cães, o qual  foram soltos  e posterior  liberaram os corpos para que a funerária pudesse leva-los, bem como o veiculo  para o guincho.
O delegado entendeu primeiramente que a ocorrência fosse registrada como furto abigeato e legitima defesa,
O sd Edelmiro foi encaminhado juntamente com seu irmão mais as armas apreendidas até a delegacia de policia  para os devidos fins.

Para finalizar no dia 11 de março por volta das 10:00 recebi um telefonema de minha comandante capitã, informando que havia sido expedido um mandado de prisão preventiva para o sd Edelmiro, prontamente  chamei o chamei, pois, estava no serviço interno, informei ele da decisão do juiz e o conduzi até a Delegacia de Policia Civil para que fosse feito os tramites legais e, como ele não quis ser ouvido sem a presença de seu advogado, foi conduzido  até o presidio militar em Porto Alegre por uma guarnição do Pelotão de Operações de Pelotas.

Até o momento não tinha me manifestado referente a esta ocorrência, mas meu nome esta rolando na boca de alguns fofoqueiros, então se depois disso alguém ainda tiver alguma duvida sobre meus atos nessa ocorrência, que faça um registro contra mim na delegacia, caso contrário, esqueça-se de mim, não fiquem falando pelos cantos que estou sendo investigado ou vou ser investigado referente a esta ocorrência, não tenho medo de investigação, pois meu profissionalismo, minha índole, minha ética  estão acima de tudo. Estão colocando em chegue a minha imparcialidade e seriedade com as funções que desempenho junto corporação brigada militar o qual tenho orgulho de servir a há 25 anos.

Sargento Alci Espinosa- Comandante da Brigada Militar em Piratini


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