Com o apressado avanço
tecnológico que nos mostrou o mundo de forma virtual através do telefone, uma
das brincadeiras já foi ou ainda é, digitar um número aleatório no telefone para
ver quem atenderia do outro lado da linha. E foi assim, há sete anos, que
Angélica Farias e Alison Barbosa Souza deram inicio à sua história de amor e as
seus sonhos, entre eles, erguer uma estrutura, morar juntos, construir uma
família, metas que duraram apenas quatro meses, tempo em que ambos mantiveram
de fato uma união estável, sob o mesmo teto, após anos de uma relação saudável
alicerçada pelo amor que ambos sentiam um pelo outro.
Tudo foi interrompido quando,
após perder horário em que pretendia pegar retornar ao Cancelão de onde havia
vindo à noite anterior, Alison saiu apressado, tanto que nem o beijo de bom
dia, algo natural e imprescindível entre os dois, foi dado naquela manhã,
última em que ambos se viram, pois minutos depois, a moto que o marido, tão
jovem quanto ela, com apenas 22 anos perdeu a vida em um acidente de trânsito
logo a sair logo que saiu do perímetro
urbano de Piratini.
Três dias depois de sepultar o marido, Angélica, obviamente extremamente abalada e emotiva, falou sobre a manhã fatídiga em seus sonhos foram tolhidos em uma estrada rural no primeiro distrito.
Três dias depois de sepultar o marido, Angélica, obviamente extremamente abalada e emotiva, falou sobre a manhã fatídiga em seus sonhos foram tolhidos em uma estrada rural no primeiro distrito.
“Ele saiu dez para as oito
de casa, nem mesmo quis tomar café”, limitou-se a dizer Angélica ao conversar
conosco na tarde desta terça-feira enquanto às lagrimas insistiam em
interromper o diálogo que sai sofrido dado às lembranças de um futuro promissor
interrompido de forma inesperada e estúpida.
Cercada pela família, ela
retoma a conversa e diante da realidade agora triste desabafa: “há momentos que
parece que não vou resistir, tenho vontade de gritar”
Entre as lembranças metas que
não mais serão alcançadas juntos: a casa onde residiriam e que em breve
colocariam o telhado e carro que ele não abria mão de comprar para proporcionar
mais conforto aos dois, conquistas ceifadas pela morte trágica. “Tudo isso dói
muito, mas eu vou superar, mas me pergunto como vou seguir minha vida”. questionasse
Angélica que ainda busca explicações que não virão para a interrupção drástica
da relação que começou com uma brincadeira de adolescente responsável por
traçar a vida de ambos.
O olhar no vazio, distante e
as lágrimas faz com que a mãe, Vera Farias dê sequência a conversa onde é
complexo, ao menos neste momento de luto profundo, extrair algo a mais e que só
tempo, que nesses casos nem sempre é um aliado, poderá amenizar a perda
definitiva e dolorida, mas ela dá sequência. “Palavras não definirão o que ele
foi para mim. Amigo, fiel companheiro, sempre ao meu lado. Sempre me acordava com
aquele bom dia mesmo durante os três anos em que serviu ao exército quando
ligava para saber como eu havia passado e que queria um futuro para nós. Simplesmente
ele significou tudo para mim”, resumiu.
Tobáta, como era
carinhosamente chamado pelos amigos, sofreu um choque lateral, na altura do
tanque de seu veículo, envolvendo um Uno Mille na manhã do último domingo, 18
de fevereiro e só o laudo pericial poderá dizer o que houve de fato naquela
manhã em que sonhou foram ceifados.
Nael Rosa-
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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