Mario Garcia olha os
operários da prefeitura e Corsan preparando a base para a pavimentação e mesmo
assim desconfia: - só vou acreditar que isso acabou quando estiver pronta -
O descrédito do pedreiro
aposentado é compreensível e explicável perante sua luta iniciada desde que mudou para a Rua Edmundo Ossuoski, há 19 anos quando ela nem mesmo existia e
com muito trabalho a desbravou extraindo as pedras gigantes que impediam a passagem.
As obras começaram e o
secretario de urbanismo Adil Fagundes, vislumbra algo em torno de mês para a
conclusão e assim entregar-la aos moradores que inverno e verão se vêem
impossibilitados até mesmo de usufruírem de suas garagens e tem as residências
invadidas pelas águas das chuvas devido ao aclive e declive acentuado da via
O investimento através da
prefeitura, além da mão de obra, deve chegar a dois mil e quinhentos reais já com
a tubulação para passagem do esgoto e, com exceção dos proprietários de dois
terrenos ainda baldios e que não concordaram em rachar a conta do calçamento,
todos os demais devem dispor em média setecentos reais cada para ver o fim do
que até então parecia um eterno transtorno.
Revoltado, mesmo diante da
obra, Mário Garcia, ao centro da foto, já desgastado por tantas idas e vindas e
reuniões com prefeitos ao longo de quase duas décadas disparou.
- O mérito e o esforço é
somente nosso, moradores. A prefeitura tá fazendo a obrigação dela, pois
pagamos o mesmo valor em impostos que os residentes na avenida e pra eles há o
calçamento - falou referindo -se ao pavimento existente na Mauricio Cardoso, avenida
em paralelo com a Edmundo.
Ele lembrou que muitas
administrações pertencentes a todas as bandeiras partidárias prometeram fazer o pavimento mas nada foi feito.
- Todos os governos nesses
19 anos diziam que fariam e, inclusive alguns disseram existir verbas pra
totalidade da obra sem que os moradores precisassem gastar nada e não cumpriram
– relembra.
