quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Portarias do Estado revoltam comerciantes


Centro Histórico devera sofrer várias alterações
Dúvidas, indignação e prejuízos. Esses são alguns dos elementos e sensações que tomam a maioria dos comerciantes do Centro Histórico Farroupilha, desde que duas portarias da Secretaria Estadual de Cultura passaram a ter aplicabilidade através de notificações entregues pelo setor de fiscalização da Prefeitura de Piratini.
Publicadas em de 2011 e 2012, elas depõem sobre as novas regras que visam proteger, entre outros pontos, a originalidade e conservação dos prédios localizados nas áreas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estadual, IPHAE e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, e que determinam inclusive, que os outdoors, luminosos e placas publicitárias sejam retirados das fachadas das lojas no perímetro protegido, que agora se estende até uma parte da Avenida Maurício Cardoso, finalizando na esquina do Banco do Brasil, e não mais na escola Ponche Verde.
Algumas lojas já providenciaram a retirada das então fachadas, modernas, iluminadas e coloridas e com isso, já foi possível perceber que, ao menos neste primeiro momento e, antes do final das adequações, as fachadas das empresas perderam muito do seu visual como mostram as fotos fontais da filial Benoit, do prédio que abriga às lojas Flagra, Farmácia São João e Garibaldi Materiais de Construção.
Fachadas perderam em embelezamento
A Ótica Prisma, empresa com poucos meses de atuação em Piratini, é um dos exemplos da indignação que toma conta dos comerciantes.
- Se essas determinações já eram de conhecimento da prefeitura como nos foi informado em uma reunião na Acias, entendo que deveríamos ser informados das restrições enquanto a fachada no momento que encaminhamos a documentação requisitando o alvará – reclama Tiago Hett, sócio gerente da empresa, que terá um prejuízo de cinco mil reais ao ter que substituir o recém-colocado layout da loja, situação similar e enfrentada pelo Supermercado Weege.
Proprietário da Prisma está indignado
- O argumento é que a determinação é estadual, mas será que os interessados não deveriam ter participado das discussões? – questiona o comerciante.
Maria Laci Silveira, proprietária da Eletromóveis e Hotel Garibaldi, empresas que também terão que se readequar, não é contra as mudanças, mas entende que são um tanto rigorosas.
- Eu não sou contra a preservação. É importante cuidarmos dos prédios antigos, mas as alterações deveriam ser aplicadas apenas a eles e o nosso tem apenas vinte anos e teve autorização para ser construído – opina Laci.

A comerciante entende que há muitas dúvidas cercando o assunto e que a portaria está sendo levada à risca antes mesmo de ser transformada em lei.
Eutias Calçados aguarda final do prazo
- Tá tudo muito confuso. Entendo que precisamos de esclarecimento do que realmente é ou não permitido, o que é uma marquise ou sacada, algo que nem mesmo o arquiteto que conversei soube definir – completa.
Márcia Gonçalves, proprietária da Loja Eutias Calçados, protela a retirada da fachada que atualmente está avaliada em vinte e quatro mil reais, na esperança de uma revogação das novas determinações.

- Isso não trás nenhum benefício pra cidade. Ao invés de progredir estamos regredindo. O investimento nas fachadas das empresas torna a cidade bonita através de criações modernas e,  se você viaja por outros estados e países, encontra prédios antigos ao lado de prédios novos sem nenhum problema. Vou esperar até a última hora pra retirar a nossa – afirma. 
Ainda hoje, saiba a posição da prefeitura e quais são as demais ruas e áreas que passaram a integrar o perímetro tombado.





8 comentários:

  1. Creio que é de grande equivoco dos comerciantes da cidade essa manifestação. Essas fachadas, alem de não embelezar a cidade, pelo contrario, não são necesárias, principalmente para os comercios já tradicionais da cidade. Além disso, a preservação e valorização de nossos bens históricos poderá gerar renda, mas nisso, nosso comércio ainda não tem o alcanse, ou visão, para perceber. Para encerrar, o bem de interesse público sempre prevalece sobre o interesse privado(pelo mesmo deveria de ser assim)e no caso de nossa cidade, temos bens de interesse estadual e nacional, ou seja, um patrimônio que pertence ao Rio Grande do Sul e ao Brasil. Esse tipo de patrimônio pode dar privilegios, mas exige de nós algumas obrigações.

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  2. Gostaria de dar meus "parabéns" à quem criou essa lei, agora a próxima vai ser de arrancar todo o calçamento do nosso centro histórico, proibir o trânsito de carros, motos e todo tipo de veículo moderno que tiver em nossa cidade histórica.Só vai poder andar no centro de carroça,carreta de boi,à cavalo,etc.Desse jeito, Piratini vai voltar para a época da revolução farroupilha!!!!!!!VÃO RACHA UMA LENHA.

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  3. Creio que teriam que olhar para o calçamento na avenida da cidade também...na Av. Maurício Cardoso, a CORSAN faz reparos e deixa valos ou então "lombadas" e buracos...será q ninguém passa ali depois do "Palanque" até a Abastecedora GKS???? E o nosso balneário??? Será q não tinham como melhorar a qualidade daquela água, pessoas vem de outra cidades com excursões para cá e se deparam com uma água q pelo que comentam possui dejetos de esgoto lançados antes da captação da água da CORSAN, até eu queria q me corrigissem se estiver errado quanto a este tema da água. NÃO É VISÃO PESSIMISTA mas são coisas que como piratiniense desde pequeno, gostaria de ver minha cidade mudar certas coisas!

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  4. Concordo com vc Paulo, não sou contra a preservação mas permanecer no passado só em alguns quesitos acho demagogia. Ainda falta retirar a energia elétrica se é para preservar pq deixam colocar energia elétrica nesses prédios. Se o povo fosse unido bastava quem não é proprietário sair dessa área. Ficaria legal o centro preservado inclusive as pessoas não andariam lá correndo o risco de serem atropelados pelos "farroupilhas"

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  5. Concordo plenamente com o Paulo Fernando

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  6. Tem gente que não entende uma vírgula se quer de história, muito menos que o município para receber as verbas tem que estar dentro da lei, então Paulo Fernando eu concordo contigo, deveria ser assim mesmo e outra temos que terminar com o estacionamento no centro histórico...

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  7. Mais uma vez o erro é da falta de PLANEJAMENTO da PREFEITURA - pois se em 1970 quando o então Prefeito Dorvalino Lessa começou destruir a antiga praça da Matriz junto com a distruição ele tivesse idealizado o CENTRO COMERCIAL DA CIDADE - no perimetro da atual RODOVIÁRIA (que por sinal eui sonho em ela sair dali nao apenas sair do centro da cidade mas sair da mão dos atuais exploradores do serviço ) se o CENTRO COMERCIAL fosse da RODO pro lado do CTG 20 de Setembro ai sim podiamos DESENVOLVER e muito ate o Cancelão ou mesmo ligar a Canguçu - mas não o CENTRO COMERCIAL ficou junto do CENTRO HISTÓRICO - e hj é esse bafafa com os empresários e comerciantes . Porem mesmo tendo formado em história e sendo membro da Academia Piratiniense de História e membro da Sociedade Amigos de Piratini - mesmo sendo um entusiasta de nossa história a cidade nao pode parar por causa de meia - duzia de predios onde Bento Gonçalves sentou sua onoravel bunda - já que o TURISMO não funciona e parece que nem vai funcionar - bora fazer alterações e criar um GRAN BAZAR ai no CENTRO - PROIBIR O TRANSITO E VIRAR UM MARCADÃO ! Eu apoio .

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    1. Apoiado Ilson, nossa cidade é histórica sim e acredito que, todo PIRATINIENSE que se preze, tenha orgulho dela é por isso que grande parte da população, quer ver PIRATINI evoluir e não ficar preso no passado, o turismo não vai fazer a cidade crescer tanto ao ponto de sacrificar o comércio da cidade, vam bora crescer estamos parado no tempo. Nossa história jamais alguém vai mudar mas o futuro podemos melhorar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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