terça-feira, 4 de agosto de 2015

Cavalos do desfile devem usar tornozeleiras

Terça-feira- 04 de agosto
Para evitar a disseminação de uma bactéria que atinge os cavalos, a Secretaria da Agricultura estuda a adoção de uma tornozeleira com lacre para identificar os animais que fizeram o teste e estão isentos da doença.
Há menos de dois meses foi registrado o primeiro caso de “mormo” no Rio Grande do Sul. Um cavalo apresentou sintomas da doença no município de Rolante.
Desde então, fiscais da Secretaria da Agricultura têm realizado reuniões frequentes com criadores e promotores de eventos para alertar sobre os riscos da disseminação dessa doença infectocontagiosa.

A bactéria Burkholderia mallei conhecida como mormo, acomete normalmente os equinos, que têm de ser sacrificados. É uma zoonose transmitida por secreção nasal, saliva, urina e fezes. Atinge a corrente sanguínea e dissemina para outros órgãos. Pode ser contraída por outros animais como cães, gatos, alguns ruminantes e até pelo ser humano, podendo levar à morte. Tratadores, veterinários e trabalhadores de laboratórios estão mais sujeitos à contaminação. Não existe um tratamento eficaz. Um animal tratado pode tornar-se portador assintomático, e continuar disseminando a doença sem apresentar sinais clínicos. Por isso, é recomendado sacrificar e cremar o animal.

A Secretaria está preocupada com a proximidade de eventos como Expointer, neste mês, e Semana Farroupilha, em setembro, onde há uma aglomeração muito grande de animais por todos os municípios gaúchos.
O órgão estadual mudou a regra para transporte de cavalos. Agora,
é exigida a GTA – Guia de Trânsito Animal para toda e qualquer finalidade de deslocamento dentro do Estado. Antes, era necessário apenas para trânsito interestadual.
A guia é importante porque contém o exame de sangue, que detecta as doenças. Em caso de identificação do mormo, por exemplo, é possível rastrear a movimentação de todos os equinos envolvidos e assim controlar a disseminação da bactéria.

A médica veterinária Rita Domingues, fiscal da Secretaria da Agricultura, diz que não foram confirmados novos focos de mormo, mas que há casos de animais que reagiram positivos ao teste de triagem, sendo necessário o laudo confirmatório. Seria uma contraprova para afirmar se os outros animais daquela propriedade são portadores da doença.
Cleber Dioni Tentardini


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