Quinta-feira-24 de setembro
Delegado defendeu a ação dos agentes de segurança que gerenciaram a crise |
Na tarde
da quarta-feira o delegada Rafael Vitola Brodbeck, titular da Delegacia de
Polícia Civil de Piratini, concedeu coletiva à imprensa detalhando os momentos
da crise gerada pelo cárcere privado no interior de Morro Redondo quando na
fuga do latrocínio cometido na segunda-feira, 21, no Restaurante 49, margens da
BR 293, Piratini,e que resultou na morte do empresário Dirnei Lopes Centeno, 63
anos o bando fugiu para o município vizinho.
O
delegado disse que no cerco a casa contou com atiradores de elite da Brigada
Militar que se mantiveram posicionados e que o Grupamento de Operações
Especiais da Polícia Civil em Porto Alegre chegou a ficar de prontidão caso
fosse necessária à chamada invasão tática. “Tínhamos reféns na residência,
assim, a invasão era a última opção. Se agíssemos precipitadamente fatalmente
eles iriam atirar nas vítimas. O que os leigos precisam entender é que não se
trata de proteção ao marginal e nem de direitos humanos mal entendidos e sim, de
um gerenciamento técnico de uma crise e para isso não podemos ser afobados,
precisamos ter preparo psicológico, frieza, análise da situação e paciência –
explicou o delegado que ampliou justificando que os agentes não tinham uma
visão do que ocorria dentro da casa e nem sabiam o tipo de arma que os bandidos
portavam. “Se nos aproximássemos imprudentemente eles poderiam atirar e ferir
os agentes e como às vítimas relatavam que não corriam assim tanto risco de
morte preferimos à prudência na intenção de desmotivar e cansar o bando ao
mesmo tempo em que ganhávamos a confiança deles”
O agente
disse que a exigência feita pelos sequestradores para que vários veículos de
imprensa se fizessem presentes na cena teve como motivo o medo de uma execução
uma vez que de dentro da casa eles visualizaram o grande número de policiais
fortemente armados. “Eles tinham medo de morrer, mas se fizéssemos isso sem
esgotar todas as demais tentativas tudo poderia ter virado uma tragédia.
Entendo que nossa ação foi exitosa, pois, libertamos os reféns e prendemos os
criminosos. O que mais querem?” indagou o policial.
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