Testemunhas do caso Hermínio e Horací são ouvidas

Quinta-feira- 20 de abril de 2017

Promotor está convicto que acusados irão a juri popular

O Processo corre em segredo de justiça e, por este motivo, a primeira de duas audiências sobre caso não chamou a atenção de pessoas que por duas oportunidades saíram  às ruas em 2016 para pedir a prisão e condenação para os acusados de matarem os irmãos Hermínio e Horaci Ávila, 33 e 36 anos respectivamente, na zona rural de Piratini em março do ano passado, pelos também irmãos Armando Mendonça Furtado, 48 anos, acusado de coautoria no homicídio duplo, e seu irmão Edelmiro Mendonça Furtado, 42 anos, policial militar com 17 anos de corporação.

A primeira audiência ocorreu na manhã desta quinta-feira, 20, no Fórum de Piratini e nele foi registrado um princípio e tumulto que foi rapidamente controlado pela segurança à disposição.

Na oportunidade  foram e serão ouvidas todas as testemunhas de defesa e acusação, assim, o  Ministério Público e os defensores dos réus farão as defesas de suas teses, para que o juiz possa definir se haverá ou não júri popular.

. Na época, os irmãos autores  alegaram legítima defesa, o que foi rechaçado durante o inquérito chefiado pelo delegado Rafael Vitola Brodbeck, que diante das provas, laudos e depoimentos  pediu a prisão preventiva de Armando e Edelmiro.

Brodbeck, da Delegacia de Polícia de Piratini, informou na oportunidade que Armando estava dirigindo o carro em que Edelmiro efetuou os disparos contra os irmãos. Os suspeitos disseram à polícia que flagraram o grupo em dois veículos praticando abigeato na propriedade deles e que então iniciou um tiroteio. Os irmãos Ávila morreram na hora. Outros homens que estavam junto às vítimas conseguiram fugir.

O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que as vítimas não atiraram contra os suspeitos. Pela quantidade de tiros e a posição dos corpos, tratou-se de um crime intencional.

Em rápida entrevista ao Blog Eu Falei, o Promotor de Justiça que atua como substituto na Comarca de Piratini trouxe um novo fato até mesmo para a imprensa:
- São quatro, e não dois acusados por estes homicídios- informou  Adoniram Lemos Almenida, 40 anos.

Ele está seguro de que todos os envolvidos serão julgados por membros da comunidade

-Eu ofereci a denúncia tenho e convicção sobre todos os fatos, mas não posso entrar em detalhes dado ao segredo de justiça. Reafirmo a possibilidade de condenação de todos acusados- disse o promotor

Colaboração: Joseane Duarte
Foto: Mundo Piratini

Nael Rosa- redator responsável

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