Piratini-03 de julho de 2017
Corporação foi atração nos desfiles de 07 de setembro
Na manhã do sábado, 01, chegou ao
fim àquilo que já vinha se desenhando há no mínimo seis meses no município de
Piratini. O sonho de ter uma corporação voluntária de bombeiros, ou seja,
formada somente por integrantes da comunidade iria chegar ao fim. No sábado um
caminhão carregou todo o material de incêndio que até então estava estocado
aqui. Tudo que pertencia a Associação Nacional de Sapadores -Bombeiros como
roupas de aproximação, máscaras e cilindros e luvas retornou para Brasília,
sede da corporação.
Apontar as causas que levaram a
falência do projeto no município não são tão difíceis assim.A falta de dinheiro
e consequentemente de apoio foi uma delas. Entidades e comércio apoiaram sim,chegando a doações de até 5 mil reais, mas não
tantas quanto necessárias e o arrecadado não foi suficiente nem mesmo para
concluir o prédio onde funcionaria o quartel, prédio esse pertencente à
prefeitura e que há quatro anos estava abandonado, parcialmente demolido e era
usado como ponto de uso de droga e prostituição. Faltou ainda a própria
prefeitura acreditar no projeto como fazem as prefeituras de Picada Café e
Rolante,na serra gaúcha, visitadas pelos integrantes piratinienses onde o
executivo da total apoio para que as corporações se mantenham de pé.Vale
lembrar que na época em que o projeto chegou em Piratini o próprio prefeito.
Vilso Agnelo quando procurado deixou claro que não partilharia da ideia.”Isso
não vai dar certo”, disse Agnelo.
Cursos de Resgate em Altura qualificaram os voluntários |
Mas nem tudo foi rui. Há um fator
positivo nessa saga de tentar ter uma unidade de combate a fogo na cidade.
Inúmeras campanhas foram realizadas e, em todas a comunidade abraçou comprando
rifas, pastéis, churrasco e doando praticamente toda a mobília a ser usada no
futuro, itens estes que e que agora serão destinados a mais de uma família
carente.
Em torno de 40 voluntários de
Piratini chegaram a receber e repassar vários cursos gratuitos como o de
primeiros socorros e resgate em altura. Mas quando chegou a vez de aprender a
combater o fogo os recursos minguaram e equipamentos essenciais não puderam ser
comprados.
Por fim, já no inicio de seu
mandato, o atual prefeito Vitor Ivan chamou os integrantes que ainda restavam
na corporação e requisitou de volta o
prédio onde foram gastos 65 mil reais, pois, segundo ele, ali se intenciona instalar
uma secretaria. O caminhão doado pela empresa Fíbria aos Sapadores também foi
requisitado e esse a corporação entregou
de bom grado para que sirva no abastecimento dos reservatórios do interior.
Como Presidente do ANSB (Asso Nacional dos Sapadores-Bombeiros), tenho de acrescentar alguns detalhes sobre o artigo de Nael. A criação de um serviço requer equipamento, cursos, vontade, etc ... mas também requer ponto essencial: a aprovação da Prefeitura. Por quê? Porque os bombeiros militares não gostam das corporações com voluntários e desde o momento que um quartel inicia a atuar, eles atacam na Justiça. Fomos forçados a responder ao Ministério Público de Piratini, mesmo com os voluntários não fazendo ocorrências!
ResponderExcluirO ex-prefeito não nos deu autorização, esperamos para as novas eleições para pedir de novo. Desde o mês de dezembro 2016 nós começamos a chamar a prefeitura para explicar a situação. Em 24 de fevereiro de 2017 foi enviada uma carta registrada ao prefeito explicando que queríamos a autorização. E só isso. Temos os meios para enviar 2 a 3 vezes mais equipamentos em Piratini, voltar para dar aulas e, assim, fazer ocorrências, mesmo sem qualquer apoio financeiro da prefeitura. Mas sem autorização, impossível continuar. Claramente, fomos proto para voltar se o prefeito assinou apenas um documento de autorização. Nada mais.
Em 8 de março, recebemos a confirmação de recepção da nossa carta. De 8 de Março a 6 de Junho, fizemos mais de uma dúzia de chamada para a Prefeitura (todas as chamadas são registrada em nosso sistema informatizado), nunca sendo capaz de falar com o prefeito. Foi-nos dito várias vezes que iria nos chamar de volta, mas ninguém nunca chamado (quando há voluntários permanentemente na sede da associação!).
Em meados de junho, finalmente conseguimos uma resposta da secretária do Prefeito, dizendo que o Prefeito não quer dar autorização. Pedimos resposta por escrito, mas nunca recebeu.
Sem autorização, não pode voltar porque será impossível realizar ocorrências.
Houve, portanto, um problema de tempo, dinheiro, mas acima de tudo, um problema de autorização. Por isso temos o equipamento vai ser fornecido para outras corporações que têm autorização.
Vamos acompanhar o resultado das próximas eleições em Piratini e entrar em contato com próximo prefeito.
É uma pena, porque os voluntários (Nael, Vagner, Telmo Alipio, etc ...) fez um grande esforço. Agradecemos a todos os voluntários para os esforços que fizeram.