Sexta-feira- 28 de julho de 2017
A Franca Eventos, uma das três empresas que irão promover e explorar a semana farroupilha de Piratini, anunciou hoje pela manhã, as atrações do dia 18 de setembro no Centro de Eventos Erni Pereira Alves.
O Grupo Pataço será responsável pela linha fandangueira e fará o chamado, "show baile" .Na mesma noite o público terá a irreverência do Gaúcho da Fonteira no Palco do Rio Grande. Confira um pouco da carreira do artista.
Natural de Santana do Livramento (RS), na fronteira do Brasil com o Uruguai, começou a tocar violão, acordeom e bandoneom na infância. O maior sucesso de sua carreira foi "Nhecovari Nhecofum".
Gaúcho da Fronteira, nome artístico de Heber Artigas Fróis, (Santana do Livramento, 23 de junho de 1947) é um músico brasileiro, e um dos mais conhecidos intérpretes de música regional gaúcha.
Começou a tocar violão, acordeão e bandoneón na infância. Em 1968 entrou no grupo Os Vaqueanos, com quem gravou alguns discos. Em 1975 gravou o primeiro LP solo, Gaúcho da Fronteira, e firmou-se como um representante da tradicional música dos pampas.
Nos anos 80, sua popularidade estendeu-se pelo Brasil todo, com suas canções bem-humoradas e dançantes.
Na década de 1990 voltou-se para outras manifestações musicais tradicionais brasileiras, lançando em 1999 o CD Forronerão, ao lado do grupo Brasas do Forró, unindo o folclore brasileiro de um extremo a outro do país.
Deste disco emplacaram os sucessos "Forronerão", mistura de forró e vanerão, e "Vanerão Sambado" que, como o nome sugere, mistura vanerão com samba. O maior sucesso de sua carreira foi Nhecovari Nhecofum.
Outra grande canção de sucesso foi Herdeiro da Pampa Pobre, parceria com Vainê Darde, que foi regravada pelo grupo gaúcho de rock Engenheiros do Hawaii em 1991.
Gaúcho da Fronteira construiu sua carreira preocupando-se sempre em renovar e buscar novos caminhos. Tanto que, apesar de ser considerado um artista de música regional, a mistura de ritmos sempre foi sua marca pessoal.
Agora, após 18 discos lançados, seu sonho de unir as diversas culturas brasileiras, sem preconceitos ou bairrismos, toma forma definitiva.
FORRÓNERÃO AO VIVO, seu novo CD, é uma gravação em que o Gaúcho canta seus maiores sucessos acompanhado pela banda Brasas do Forró, fundindo o vanerão com o forró e o baião.
"O Brasil regional está se unindo de ponta a ponta", comenta Gaúcho da Fronteira. Sem dúvidas, unir o forró ao vanerão revitalizou a música nordestina e tem tudo para marcar a renovação da música típica do sul.
"Os nordestinos têm interesse em que a gente beba a cultura deles e vice-versa. Gaúchos e nordestinos, se têm uma gaita, fazem a festa", completa o artista.
A declaração é confirmada pelos Brasas do Forró (que além de FORRÓNERÃO AO VIVO, tem outros CD's lançados: Calorão, de 97, e Belo Cinqüentão, de 98).
Com mais de 10 anos de carreira, o grupo começou a ganhar projeção em 96, após incluir em seu repertório músicas do artista do Rio Grande do Sul.
"Tocávamos vanerão nos shows e o público sempre pedia mais. Todos adoram o ritmo", diz o sanfoneiro Didi.
Apesar da admiração dos forrozeiros pelo trabalho do Gaúcho existir há muito tempo - Toca do Vale por exemlpo, que é o vocalista dos Brasas, é fã desde o começo dos anos 80 - a parceria começou, realmente, no ano passado, quando o grupo nordestina alcançou excelentes resultados com a regravação da música Tão Pedindo um Vanerão.
Isso animou o artista do sul, que passou a se reunir com os Brasas do Forró. Nascia aí o projeto FORRÓNERÃO AO VIVO.
O CD tem 14 faixas, entre elas os maiores sucessos do Gaúcho, como O Calorão, Na Minha Terra Tem Quem Queira, Tão Pedindo um Vanerão, Forrónerão e muitas outras. Há ainda uma faixa inédita em seu repertório, Bica D'Água.
O material foi selecionado a partir de duas apresentações gravadas em Fortaleza, no Ceará, e uma em São Paulo. Um detalhe importante: entre uma música e outra não há silêncio. Assim como aconteceu nos shows, as canções são separadas pelos gritos e aplausos do público, mostrando com fidelidade o clima de festa da região.
Vale um destaque para Parei, Provei, Gostei, com Gaúcho arrebentando nos vocais, enquanto os Brasas "queimam o chão" com seu arrasta pé. Outra faixa especial é Na Cambuca da Maruca, que tem letra engraçada e mostra Toca cantando com muita animação ao lado do Gaúcho.
Aliás, o clima no palco estava tão bom que, a certa altura, Toca diz: "Ô Gaúcho, como é bom cantar com você!". Uma declaração simples, sem dúvida, mas dita com tanta espontaneidade que até hoje Gaúcho da Fronteira diz que foi uma das maiores homenagens que já recebeu como cantor.
E para aqueles que acharem a mistura do vanerão com o forró estranha, uma explicação: "A música nordestina tem muito a ver com a gaúcha, as semelhanças são muito grandes. Enquanto o cearense tem a ginga, o gaúcho tem o balanço. E, nessa época de globalização, tu transmites a música e irmanas o Brasil de ponta a ponta".
Conselho de um artista que, com 31 anos de carreira, é reconhecido como um dos expoentes da música do Sul.
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