quarta-feira, 20 de março de 2013

Enquete aponta culpados por infidelidade

O Blog Eu Falei colocou em discussão um assunto que tem dizimado famílias com uma frequência que assusta até mesmo a Igreja Católica: a infidelidade.
Quando isso ocorre, quem, na relação, é o responsável?
O traidor, o traído, ambos?
Em nossa enquete, um empate técnico e surpreendente.
Dos participantes, 48% apontaram o traidor como responsável. Mas com apenas um voto a menos, portanto com o mesmo índice, a enquete apontou o casal como o motivo do ato sem justificativa mas, com explicação.
Apenas 3% apontaram o traído como culpado.
Mas o que dizem os espacialistas?
Leia abaixo um interessante artigo publicado na Revista Vida & Saúde.

Infidelidade Conjugal e Nacional 

A infidelidade conjugal continua a destruir muitos lares,infelizmente. É um sintoma tanto de problemas emocionais como espirituais;um tipo de maldade,mesmo que ocorrendo sem intenção consciente de machucar o conjugue traído.
Nada justifica a traição conjugal. A situação conjugal complicada pode explicá-la, mas não justificá-la. Justificar tem que ver como provar que houve uma razão legal ( dentro da lei) para o ato, ou significa tratar como justo um comportamento ou ainda provar a existência de um motivo legítimo para o ato realizado. Trair não é justo.
O conjugue que trai age injustamente. O conjugue traído talvez tenha sido injusto no sentido de ter privado o outro de atenções, sexo,diálogo,companhia,etc. Ambos, traído e traidor,geralmente têm culpa no caso de uma infidelidade no casamento. Na verdade, não há um carrasco e uma vítima. Ambos erram. Há pessoas que traem porque são compulsivas sexuais. Nesse caso, o outro conjugue não tem quase nenhuma culpa.
Se o cônjuge traído sempre foi fiel e fica sabendo da situação,instala-se uma dor de difícil cura. Abre-se uma ferida cheia de ódio,tristeza,estranheza,sensação de estar casado agora com um ‘’inimigo’’ . O que era íntimo fica afastado ; o que era confiável,fica desconfiado; o que era amigo,parece inimigo; o que era conhecido, fica estranho.

A Dra. Carmita Abdo e equipe pesquisaram entre 3106 mulheres brasileiras,concluindo que as mulheres que menos traem são as do Paraná (19,3%) enquanto que as que mais traem são as do Rio de Janeiro (34,8%).
Outros Estados ficaram assim quanto à porcentagem de mulheres que traem (em média): Pará 20,3% ; Santa Catarina 23,3% ; Mato Grosso do Sul 23,6 % ; São Paulo 24,1% ; Bahia 25,2 % ; Pernambuco 26,5 % ; Ceará 26,7 % ; Goiás 27,7 % ; Minas Gerais 29,5 % ; Rio Grande do Norte 30,2 % e Rio Grande do Sul 31,7 % .
Quanto aos homens, os que menos traem são os do Paraná também, mas mesmo assim com índice muito alto (43%) . Depois vem São Paulo com 44% ; Minas Gerais     52 % ; Rio Grande do Sul 60% ; Ceará 61 % e o estado com maior número de homens infiéis é a Bahia com 64% . Ou seja, em cada 100 homens baianos casados, 64 traem suas esposas em algum momento da vida segundo esse estudo da Dra. Carmita da USP.
A prevalência de um ‘’caso sexual’’ entre 6846 participantes da pesquisa mostrou o seguinte quadro : 50,6 % dos homens brasileiros admitiram ter tido um ‘’caso sexual’’ com outra mulher, enquanto que 25,7 % das mulheres admitiram ter feito sexo com outro homem. Ou seja, em cada 100 homens casados no Brasil, 50 tiveram um ‘’caso’’ e em cada 100 mulheres casadas, quase 26 também tiveram contato extraconjugal sexual. Uma lástima e uma tragédia indevidamente alimentada pela má mídia.

A internet favorece a infidelidade conjugal. Pessoas casadas frustradas em seu casamento buscam ‘’amor virtual’’. Isso mascara o problema e pode complicar as coisas. Cerca de 60% dos casos de traição virtual termina em sexo real. Uma pessoa casada que busca erotismo na internet está maltratando seu casamento porque estará comparando injustamente seu conjugue com uma imagem pornográfica. Da mesma forma a pessoa casada frustrada em seu matrimônio que busca romance na internet está afundando ainda mais seu relacionamento e de forma injusta, porque é muito fácil ser ‘’amável’’ virtualmente e mostrar uma imagem de incompreendido(a) ou vítima para a pessoa no outro lado da conexão ( ou pessoalmente).
Criam-se ilusões e a coisa piora. E a verdade é que uma pessoa ‘’interessante’’ também tem problemas.
A saída para evitar a infidelidade conjugal passa por (1) diálogo sincero, (2) humildade de ambos,marido e mulher, para aceitar dificuldades pessoais e procurar ajuda para resolvê-las , (3) aceitar a limitação  do outro para amar como sonhamos ser armados,(4) aceitar o amor possível, (5) parar de ter obsessão pelo outro, (6) aprender que homem e mulher são diferentes do ponto de vista comportamental e que esse fato produz a necessidade de aceitar as limitações pessoais e por último a compreensão de que o outro nunca poderá preencher todas as necessidades de cada um.

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