terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Cadeirante quer realizar o sonho de voltar a andar

Terça-feira, 09 de janeiro de 2108
Giane, que teve meningite, não perdeu a sensibilidade nas pernas
Giane Vitória Oliveira e Quadros até 2016, aos 13 anos, tinha como prazer principal os afazeres domésticos sendo que cozinhar é o que mais lhe motivava. Preparar refeições para mãe, Oriolina Ribeiro e para o padrasto Alexandre Epifânio que entrou para família quando ela tinha apenas três anos e também  para seus três irmãos, integravam as tarefas do dia que incluía cursar a sétima série.

 Mas um dia, há dois anos, tudo mudou. Uma forte dor na nuca e vômitos deu inicio a uma perambulação por prontos socorros de três cidades diferentes e, só no ultimo, o do Hospital São Francisco- Pelotas, o diagnóstico que mudaria a vida de Giane foi dado: meningite. Imediatamente duas válvulas foram inseridas através de um processo cirúrgico para a drenagem de líquido produzido pelo organismo.

Essa história que tem outros capítulos nos foi trazida pela leitora Suzeli Gomes. Ela compartilha do sonho de Giane que a seguir ao diagnóstico passou a viver a maioria das 24 horas do dia numa cadeira de rodas, atualmente já não proporcional as suas medidas, pois a inércia a fez ganhar peso.

A grande vontade da leitora é que a menina volte, mesmo com limitações como a do tipo amparada por muletas, a andar. Isso na vontade de Suzeli e da família de Giane é possível porque a cadeirante não perdeu sequer um por cento da sensibilidade nas pernas.

Na segunda, 08, nossa reportagem foi junto com a leitora até a localidade do Passo do Goulart, distante 44 quilômetros por via asfáltica de Canguçu, mas já dentro dos limites de Piratini, para onde Giane retornou há três semanas depois de passar, segundo ela por  uma difícil período com o pai, a quem chama de Milton, detentor de sua guarda.
- A esposa dele me maltratava. Dizia que se eu fizesse minhas necessidades nas fraldas que sou obrigada a usar eu seria castigada. Aí eu ficava até o dia seguinte com vontade até que minha cuidadora chegasse- contou Giane que denunciou: eu recebi um retroativo do meu beneficio num total no INSS, R$ 3.900,00 e o Milton não me entregou. Esse valor daria para comprar uma nova cadeira de rodas e um andador -

O padrastro, Alexandre Epifânio Lisboa, 51 anos, ao saber da situação que conforme ele foi oferecido como saída final uma casa de passagem, tomou providências junto ao Ministério Público em Canguçu e conseguiu que a enteada voltasse para casa, mas foi determinado um período de quatro meses para adaptação, depois, a situação será reavaliada.

Giane que às vezes abandona a cadeira de rodas e dá passos pela casa no andador, sabe que precisa de fisioterapia contínua, o que conforme sua opinião leiga permitiria que ela retomasse uma boa parte dos movimentos já que a sensibilidade dos membros inferiores permanece.
-Já tentamos em Canguçu, mas nos foi alegado que não poderiam fornecer o serviço porque moramos fora dos limites, assim, resolvemos ir à imprensa porque em Piratini vimos como inviável dado à distância e o trecho de chão batido - explicou o padrasto.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380

Naelrosa@nativafmpiratini.com



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