sábado, 13 de abril de 2013

Vítima conta ao Eu Falei detalhes de agressão

Esmeraldo está internado com ferimentos na face
A rotina  de Esmeraldo Moreira Madruga, 53 anos, que é de realizar trabalhos extras sempre que é possível se ausentar  da função que exerce como funcionário público municipal no cemitério de Piratini, talvez fosse de conhecimento também de dois jovens moradores no mesmo Bairro, Padre Reinaldo, que atentos ao fim de mais uma semana de trabalho em uma granja de arroz, foram em busca dos ganhos obtidos por Esmeraldo de uma forma que as agressões e cicatrizes mostram ter sido violenta e que se estenderam ao filho de 13 anos, também ferido pelos invasores.

Internado em um dos leitos do hospital local, ele aceitou conversar com o Blog Eu Falei relatando o que ele imagina ter durado em torno de cinco minutos de luta corporal com a dupla de 18 e 20 anos.
Com dificuldades para falar devido aos inúmeros ferimentos na face gerados pelos socos,  chutes e estocadas que recebeu, o trabalhador relatou que foi acordado pelo latido dos cães por volta das 3h da madrugada de sexta-feira.
- Me lembro de tudo. Eles entraram casa adentro, fui ao encontro deles e me agarram, me colocado em outro quarto, onde bateram em mim e no guri. Queriam que eu dissesse onde estava o dinheiro. Um deles tinha uma faca e o outro um punhal.  
Quando um deles conseguiu achar o dinheiro, o Bruno ( nome de um dos agressores), veio e me agrediu com a faca, mas deixou-a cair e eu a peguei  e golpeei ele – recorda.

Continuando o relato de violência, Esmeraldo disse que o sangue no rosto limitou sua visão, o que o apavorou por não saber o que estava acontecendo com o filho naquele momento que já havia sido agredido na cabeça.
- Meu filho gritava pra que não batessem mais em mim – relembra.

De posse das economias que seriam usadas para quitar dívidas, a dupla fugiu deixando pai e filho feridos e um rastro de sangue por toda a residência,  ficando ainda as armas do crime para trás.

- Eu consegui tirar as duas facas deles e entreguei para a polícia –

Traumatizado, ele antecipa que seu retorno pra casa não será fácil.
- Só em lembrar da cena me provoca arrepios. Será dificil. Eu tava de licença e fui  lutar para ganhar um extra. Agora não vou pagar minhas contas pois levaram meus documentos e cartões de crédito. Espero que a justiça seja feita –
Para prender os agressores, os agentes da Polícia Civil coordenados pelo delegado Paulo Costa, atuaram de forma eficaz e já por volta das 14h da sexta-feira prenderam os dois em flagrante.
Um boné usado por um dos agressores foi reconhecido pelas vítimas e logo a seguir, o reconhecimento fotográfico por parte de Esmeraldo possibilitado pelos policiais, foi a prova final para que ambos fossem mantidos presos e posteriormente encaminhados ao Presídio Regional de Canguçu.
A quantia roubada não foi recuperada.

 Assista a entrevista exclusiva concedida à reportagem no vídeo abaixo.


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