terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Luto: Angélica fala da perda trágica do marido

Terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Morte no trânsito interrompeu o relacionamento de sete anos
Com o apressado avanço tecnológico que nos mostrou o mundo de forma virtual através do telefone, uma das brincadeiras já foi ou ainda é, digitar um número aleatório no telefone para ver quem atenderia do outro lado da linha. E foi assim, há sete anos, que Angélica Farias e Alison Barbosa Souza deram inicio à sua história de amor e as seus sonhos, entre eles, erguer uma estrutura, morar juntos, construir uma família, metas que duraram apenas quatro meses, tempo em que ambos mantiveram de fato uma união estável, sob o mesmo teto, após anos de uma relação saudável alicerçada pelo amor que ambos sentiam um pelo outro.

Tudo foi interrompido quando, após perder horário em que pretendia pegar retornar ao Cancelão de onde havia vindo à noite anterior, Alison saiu apressado, tanto que nem o beijo de bom dia, algo natural e imprescindível entre os dois, foi dado naquela manhã, última em que ambos se viram, pois minutos depois, a moto que o marido, tão jovem quanto ela, com apenas 22 anos perdeu a vida em um acidente de trânsito logo a  sair logo que saiu do perímetro urbano de Piratini.

Três dias depois de sepultar o marido, Angélica, obviamente extremamente abalada e emotiva, falou sobre a manhã fatídiga em seus sonhos foram tolhidos em uma estrada rural no primeiro distrito. 
“Ele saiu dez para as oito de casa, nem mesmo quis tomar café”, limitou-se a dizer Angélica ao conversar conosco na tarde desta terça-feira enquanto às lagrimas insistiam em interromper o diálogo que sai sofrido dado às lembranças de um futuro promissor interrompido de forma inesperada e estúpida.

Cercada pela família, ela retoma a conversa e diante da realidade agora triste desabafa: “há momentos que parece que não vou resistir, tenho vontade de gritar”

Entre as lembranças metas que não mais serão alcançadas juntos: a casa onde residiriam e que em breve colocariam o telhado e carro que ele não abria mão de comprar para proporcionar mais conforto aos dois, conquistas ceifadas pela morte trágica. “Tudo isso dói muito, mas eu vou superar, mas me pergunto como vou seguir minha vida”. questionasse Angélica que ainda busca explicações que não virão para a interrupção drástica da relação que começou com uma brincadeira de adolescente responsável por traçar a vida de ambos.

O olhar no vazio, distante e as lágrimas faz com que a mãe, Vera Farias dê sequência a conversa onde é complexo, ao menos neste momento de luto profundo, extrair algo a mais e que só tempo, que nesses casos nem sempre é um aliado, poderá amenizar a perda definitiva e dolorida, mas ela dá sequência. “Palavras não definirão o que ele foi para mim. Amigo, fiel companheiro, sempre ao meu lado. Sempre me acordava com aquele bom dia mesmo durante os três anos em que serviu ao exército quando ligava para saber como eu havia passado e que queria um futuro para nós. Simplesmente ele significou tudo para mim”, resumiu.

Tobáta, como era carinhosamente chamado pelos amigos, sofreu um choque lateral, na altura do tanque de seu veículo, envolvendo um Uno Mille na manhã do último domingo, 18 de fevereiro e só o laudo pericial poderá dizer o que houve de fato naquela manhã em que sonhou foram ceifados.
Nael Rosa- 
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com

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