Quinta-feira- 12 de julho de 2018
Aposentada é só um exemplo da dificuldade devido ao atraso e ao parcelamento |
Nove meses de parcelamento, dois
meses de salários atrasados e dezessete meses sem receber os R$ 180,00 do
vale-alimentação. Essa é uma síntese de uma situação calamitosa vivenciada
pelos 450 funcionários da Prefeitura Municipal de Pinheiro Machado, atualmente
governada pelo prefeito José Antônio Duarte da Rosa- PDT.
Consecutivos parcelamentos
minaram a saúde financeira dos servidores que todo mês fazem malabarismo para
tentar e, muitas vezes não conseguir, honrar seus compromissos.
Aposentada há sete meses depois
de 30 anos de serviços públicos, a auxiliar administrativo Zélia Maria
Pinheiro, 55 anos, luta para não deixar de comprar os remédios que precisa
tomar depois de seguidas cirurgias no quadril para colocar e retirar próteses,
o que lhe tirou a possibilidade de andar a colocando em uma cadeira de rodas.
“São dez medicamentos que
necessito, inclusive para pressão arterial e depressão, doenças que adquiri
depois das cirurgias, sendo a primeira a três anos. Somente um dos remédios que
tomo custa R$ 250,00, diante desse valor e necessidade, a farmácia não posso deixar
de pagar”, revela Zélia, que ao dar naturalmente a preferência para a saúde quando recebe seus vencimentos como aposentada, acaba por não honrar outros
compromissos mensais.
“Consegui criar quatro filhas com
o que até então recebia mensalmente, mas agora, na situação em que me encontro
vivo o constrangimento de ter que escolher o que pagar atrasando um mês a água,
no seguinte a luz, e assim vou levando. Sei que é pior para quem ganha o valor de um salário mínimo ou pouco mais e ainda tem que pagar aluguel, o que não é o meu caso ”, amplia.
Decepcionada por não receber o
que conquistou por direito ao prestar concurso público, Zélia acrescenta que em
momento algum das três décadas em que atuou como servidora vislumbrou que um
dia não só ela, mas também os demais funcionários públicos e o município se
encontrariam na grave situação financeira que atravessa.
Nos acostumamos a receber ao final de cada mês
e hoje, além de não termos dia certo para o salário cair na conta, quando entra
o valor, este equivale a 60%, 80% e teve mês que foi apenas 20% do que temos
direito, isso é lastimável e muito difícil de vivenciar”, finaliza.
Nael Rosa-
Colaboração: Gilmone Bicca
Colaboração: Gilmone Bicca
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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