sexta-feira, 30 de novembro de 2018

UTI do Ulbra fecha e futuro de Maria Flor é incerto


Sexta-feira- 30 de novembro de 2018
Com fechamento da UTI, Flor foi transferida para um leito comum


A realidade de que o Hospital Universitário da Ulbra, em Canoas, possa paralisar de vez suas atividades, é mais um drama enfrentado por Luís Paulo Mouler Duarte e Jaqueline Alves Nascimento, pais da menina Piratiniese Maria Flor, portadora de um tipo grave de Atrofia Muscular Espinhal ( AME), até então internada em um dos três leitos ainda ocupados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Há um ano e um mês morando em Canoas para se revezar no cuidado à filha de um ano e cinco meses, o casal renova a todo o momento campanhas nas redes sociais para conseguir pagar não só as despesas com alimentação e moradia, mas também materiais necessários para o zelo e saúde de Flor, pois muita coisa já não  é custeada pela instituição.

“Um exemplo são os curativos especiais que são colocados em volta do orifício aonde vai o tubo da traqueotomia, necessária e que liga a bebê ao aparelho, o que garante sua respiração, portanto a mantém viva. Custa bem caro, mas cicatrizam lesões em torno da abertura feita na garganta. O problema é que o hospital não fornece os curativos, assim, mesmo praticamente sem renda, nós contamos com a solidariedade das pessoas para adquiri-los”, explica a mãe Jaqueline, preocupada com a situação não somente do que falta no hospital, mas com a paralisação definitiva dos serviços prestados.

“O risco de fechamento é iminente e a realidade aqui é grave já há um ano, e na quinta, (29), a direção decidiu fecha-la e Maria foi transferida para um leito comum de internação”, contou Jaqueline por telefone.

Como a menina tem imunidade baixa, não é aconselhável que fique em quarto com outras crianças, pois o risco de contrair vírus e bactérias é grande, assim a família já vislumbra que Maria Flor terá que ser transferida para um hospital com unidade especial em Porto Alegre, pois no Ulbra dificilmente as atividades continuarão, uma vez que, muitos dos profissionais não recebem há dois meses e o atendimento chegou ao limite e há risco de greve.

“Estamos apreensivos com o futuro de nossa filha, mas compreendemos e nos solidarizamos com os funcionários, já que muitos estão com o salário atrasado há dois meses e para eles, assim como para pacientes, acompanhantes, falta até alimentação”, relata.

Doações que possam ajudar os pais e a menina podem ser depositadas nas seguintes contas:

Banco do Brasil
Agência 09660
Conta Poupança- 14.614-5
Variação 51
Titular: Jaqueline Alves Nascimento

Banrisul- Agência 0755
Conta Corrente: 35.078992.0-6
Titular: Luís Paulo Mouler Duarte

Reportagem
: Nael Rosa
Contato: 53- 984-586380 e 53- 999-502191

email:naelrosa@nativafmpiratini.com


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