segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Barbaridade finalizou Semana Farroupilha

Segunda-feira, 23 de setembro

Gaiteiro Petiço é a grande atração do Tchê Barbaridade
Foram nove dias em que uma peça em especial, dominante e obrigatória no guarda roupas para qualquer piratiniense desde as idades iniciais, reinou absoluta na cidade considerada berço da tradição gaúcha. Pampeana, tradicional ou campeira, pode se dizer que a bombacha veste a semana farroupilha de Piratini, mantendo sua supremacia ao desfilar pelo Centro Erni Alves bem acompanhada do lenço, da bota, chapéu e, é claro, do chimarrão.

 A festa terminou, deixando para 2014 o convite de “volte sempre” e, para finalizar, no Palco do Rio Grande, palanque das grandes estrelas contratadas pela organização para fazer cantar e dançar, a melhor versão entre tantas que eles já criaram ou tentaram criar: a gaúcha. 

De volta às suas origens, o bailão, o Tchê Barbaridade finalizou na noite do sábado, 21, o maior evento tradicionalista do Rio Grande do Sul. Ao seu estilo, até contestado ou meio louco como diriam os mais antigos, o gaiteiro chamado apenas de Petiço, que não pode ter seu talento aos botões e foles discutido, sendo ele o que mais arrancou da multidão presente ao pavilhão, os tantos gritos de “Sapucai”, expressão peculiar gaudéria usada pelo público para mostrar seu contentamento com o que ouve e vê.

Em uma hora e meia de clássicos da música gaúcha e sucessos que consagraram a banda, o Tchê emitiu os acordes finais de um evento que diante dos problemas pontuais encontrados pela Comissão Organizadora ao aceitar o desafio de realiza-lo mesmo com os impedimentos estruturais que o cercaram, reinou novamente absoluto mantendo o título de maior e, uma dos mais atrativos do gênero no Estado. 


domingo, 22 de setembro de 2013

De costas para o govenrador do Rio Grande

Domingo, 22 de setembro
Em suas camisetas, mestres chamaram Tarso de fora da lei.
Foi à quarta visita de Tarso Genro a Piratini em três anos, três delas como chefe de Estado e que têm o poder de mudar realidades deficientes existentes no município ou que atingem o RS de maneira global, caso do Magistério gaúcho, massacrado em seus direitos com professores lutando constantemente pelo ao piso salarial, conquista já determinada pela lei, mas não cumprida pelo palácio.

Sem demonstrar exaustão, mestres continuam a reivindicar com paralisações, greves e manifestos democráticos como o de ontem, 20 de setembro, quando cerca de trinta professores, alguns representantes do Cepers, sindicato da categoria, aproveitaram a presença do petista no palanque de autoridades durante o desfile de cavalarianos para novamente demonstrar seus descontentamentos e requisitar a pauta de exigências.
De preto, cor que remete ao luto, eles vestiam camisetas que afirmavam ser o governador um “fora da lei” e, de forma ordeira e silenciosa, silêncio também devido ao impedimento imposto pela segurança de Tarso, deram as costas a ele antes do desfile ter início, recebendo a aprovação de uma boa parte das cinco mil pessoas que lotaram a Avenida Maurício Cardoso.
Infelizmente a presença de Tarso não foi foco pra comunidade como um todo.
Incompreensível
 Desde que foi inquirido com relação à Ponte do Costa pela reportagem da rádio Nativa FM na data máxima do gaúcho em 2011, pergunta que gerou uma resposta áspera do governador que disse: “Hoje a prioridade não é a Ponte do Costa e sim, a Semana Farroupilha”, o episódio oportunizou a reabertura forte de discussões e em torno do tema e de promessas não cumpridas.

Mas deixando passar o momento mais adequado para dar um recado mais contundente, não se viu na avenida nem mesmo um tímido protesto com relação ao tema, permitindo que o maior entrave para o desenvolvimento do município e que ocasiona médios e graves acidentes de trânsito, alguns que ceifam vidas, não fosse ao menos um transtorno ás vésperas da tentativa de reeleição de Tarso Genro.

Carreteiro alimenta público e lado social


Na falta de panelas, baldes para uma provinha da boia campeira
Ele já fez “boia”, referencia que integra o vocabulário campeiro usada para dar nome à comida feita pelo gaúcho que mora no interior, para 15 mil pessoas na edição 2006 da Expointer em Esteio. Nos 500 anos de Brasília, o recorde subiu para 25 mil, números e feitos que tornaram o cozinheiro Alfredo Carlos Munhoz, famoso além das fronteiras gaúchas, inclusive na Inglaterra quando em 2000, foi representar em Londres a culinária sulina do estado.
No último dia da Semana Farroupilha de Piratini, suas imensas panelas com capacidade para cem quilos de charque e  105 quilos de arroz cada, foram a atração no Erni Alves num almoço onde o objetivo da organização era alimentar gratuitamente no mínimo três mil pessoas.
Munhoz já cozinhou para 25 mil pessoas
Munhoz, gaúcho de Santa Vitória do Palmar, para vencer o desafio de cozinhar e manter a qualidade do que é feito coordena uma equipe de três pessoas, talvez tenha saído  um tanto frustrado diante de tão pouco público que compareceu para provar seu tempero, mas já prometeu: vai voltar.- Já estou pensando em fazer as malas pra o ano que vem - garante.
Sábado, pós-feriado de 20 de setembro, dia normal para o comércio da cidade, fator que fez os presentes ao Centro de Eventos consumirem pouco mais da metade de uma das três panelas feitas pelo cozinheiro gaúcho.
A saída foi, além da decisão em distribuir o que sobrou para escolas e creches, usar  as emissoras de rádio para convidar à população a se dirigir à festa com panelas e levar pra casa  em grandes quantidades o prato que é marca registrada do sul do Brasil. Teve gente que se apressou e, na falta de um recipiente mais adequado, até mesmo pequenos baldes serviram para garantir uma prova do carreteiro do Munhoz.
Assista a entrevista em vídeo concedida pelo cozinheiro.

sábado, 21 de setembro de 2013

Piquete Resto de 35 vence desfile farroupilha

Piquete Resto de 35 conquistou 13º título
O Piquete Resto de 35, entidade que tradicionalmente fica entre os três primeiros colocados no Desfile de Cavalarianos, chegou ao seu 13º título ao enfocar a “Vida de Ginete” como tema este ano num desfile que segundo a Comissão Organizadora, teve participação reduzida com relação  2012, com a presença de algo em torno de 850 cavalarianos.
Segundo a Brigada Militar, não menos que seis mil pessoas, entre locais e visitantes, se aglomeraram ao longo da Avenida Maurício Cardoso para prestigiar a passagem no berço da tradição que, pela história que cerca a cidade se torna mais atrativo dado a  mística farrapa.
Foi o momento também dos protestos, como o feito pelo Piquete Sepé Tiaraju que inseriu entre suas alegorias colonos conduzindo uma bola numa alusão ao futebol, na visão deles, única atividade de recreação que restará para quem reside no campo.

 A ideia foi repudiar as limitações e proibições em torno de eventos tradicionais e campeiros como, por exemplo, os rodeios que atualmente só podem ser  realizados se oferecerem segurança aos animais.
Os hermanos também marcaram presença quando em meio aos cavalarianos surgiu uma uruguaia numa mistura de porta bandeira carnavalesca com tradicionalismo. Alegre e simpática, ela saudava a todos em espanhol, mas, por não pertencer a nenhuma das entidades foi retirada pela Brigada Militar, já que poderia ocasionar a perda de pontos para os piquetes.
Outro protesto foi do Piquete Sentinela do Cancelão, que anualmente trás uma alegoria onde retrata de forma ampliada a fachada da Escola República Riograndense, nesta edição inovou chamando a atenção para o estado precário do prédio que ainda encontra-se destelhado.
Confira imagens do desfile farroupilha de Piratini captadas pelo Eu Falei.

Lobisomem do Viera retatrou Simões Lopes

Sábado, 21 de setembro
Personagem de Simões foi destaque no desfile farroupilha
Os contos de Simões Lopes Neto foram à temática apresentada pelo Piquete Vieira da Cunha no Desfile dos Cavalarianos este ano e renderam à entidade vencedora em 2012 e orgulho do 5º distrito de Piratini, o vice-campeonato.

Entre as tantas alegorias que enalteceram o escritor, o carro que trazia a bruxa e o lobisomem roubou à cena e obteve aplausos de aprovação da multidão presente. 
No papel do meio homem, meio lobo, Natãn Godinho, 19 anos que numa decisão em cima da hora mudou a forma de como seu personagem iria se portar na passagem em frente à comissão organizadora.
- Era para ficar apenas parado, mas, momentos antes decidiram, eu inclusive, fazer as evoluções-  contou Natãn. Com um desempenho que imitava ataques da lenda mais assustadora da cultura folclórica brasileira, deu vida ao personagem integrante da temática recriada por Katiane Funari.

Notas falsas circulam no comércio piratiniense


Sábado, 21 de setembro
Notas falsas apresentam poucas diferenças visuais
Dezenas, as vezes centenas de pessoas em guichês e caixas ao mesmo tempo, situação ideal para alguns quando, ao perceber a correria e, às vezes atropelo de quem precisa ser rápido ao registrar e dar o troco, aproveita-se do momento para derramar no comércio dinheiro falso de “valores” diferentes.
A semana farroupilha de Piratini que termina hoje, evento que a organização baseada em edições anteriores  tem como expectativa a visita de cem mil pessoas ao Centro de Eventos, é uma das oportunidades para que falsários se deem bem.
Em um só estande de alimentação, quatro notas de vinte reais foram usadas para pagamento e, em apenas um supermercado, outras quatro, mas de cinquenta reais, passaram pelos caixas em 24 horas.
Pela foto, (a da esquerda é falsa) é possível perceber que visualmente as cédulas apresentam sucintas diferenças de cor, mas é na textura, sendo a falsa mais áspera e fina, que se torna mais rápido a percepção de que o dinheiro é falso.