sábado, 25 de julho de 2015

A hortaliça integra a mesa de produtos coloniais

Sábado-25 de julho
Casal ganha a vida plantando e vendendo hortaliças
Na feira ao ar livre onde associados da APROBECO (Associação de Produtores de Base Ecológica de Piratini) expõem para venda seus produtos, a maioria de origem puramente colonial, como queijos, geleias e cucas, a hortaliça ainda é item em menor quantidade, mas, tanto como os demais produzidos pelas mãos de quem herdou de gerações passadas o talento para extrair da terra o sagrado alimento, é adquirido e consumido por quem parecia a presença de alimentos leves à mesa.

Casados há 19 anos, Solismar Milbratz, 46 anos e Iolanda Bersch Milbratz, 40, há nove anos apostam no seguimento para o crescimento financeiro da família.

Em 2006, ela, que já produzia em pequena quantidade nos fundos da casa na cidade, pois, o restante do tempo era dedicado a trabalhar em um supermercado, decidiu pedir as contas da empresa para apostar no negócio.
As dificuldades não eram poucas, assim, a ajuda do filho Jadson, na época com 13 anos, no horário inverso da escola, já que o marido trabalhava em uma empresa de corte de madeira e só se somava a eles nos fins de semana, era a única que dispunha.
- Abri mão da segurança da carteira assinada para produzir e vender também aos supermercados da cidade. Não me arrependo – garante Iolanda que assim como o marido é descendente de alemães que ajudaram a erguer colônias em Piratini e Canguçu, suas cidades de origem.


Demitido, depois de 15 anos de empresa, Solismar em definitivo se juntou a esposa.
Com venda direta aos supermercados, mas, sem abrir mão da comercialização em pequena quantidade ao consumidor em sua residência, eles conseguiram juntar recursos para comprar quatro hectares de terras a três quilômetros da cidade e com isso ampliar os negócios.

Com boa açudagem, ou seja, água em abundância, o que antes era um problema, por enquanto eles utilizam apenas um dos quatro hectares para plantar alface, couve, brócolis, repolho e outros somente com a utilização de adubo orgânico.

Com a faca que corta o talo e o fio que ata o manojo, a tarde é curta, já que o turno da manhã Iolanda usa para cuidar dos três filhos enquanto o marido faz a entrega diária nos estabelecimentos clientes.
- Com o que produzimos aqui, fizemos nossa casa, compramos essas terras e sem em nenhum momento precisar recorrer a financiamentos bancários. 
Nossos antepassados, como meu avô que veio da Alemanha com 03 anos, produzia leite, plantava feijão, batata, soja, milho, nós optamos pelas hortaliças e não nos arrependemos – orgulha-se a agricultora de família de colonizadores.
A renda do casal gira em torno de três mil reais por mês.

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