Em maio Conceição volta ser referência em obstetrícia

Sexta-feira, 20 de abril de 2018

Visita ao hospital avaliou estrutura da obstetrícia 

Secretários de saúde, prefeitos e vice-prefeitos de Pedras Altas, Piratini, Pinheiro Machado, Pedro Osório e Cerrito estiveram na manhã da sexta-feira, 20, visitando as instalações, inclusive do setor de obstetrícia, do Hospital de Caridade Nossa Senhora da Conceição.

O motivo da visita foi conhecer e avaliar a estrutura para receber gestantes e recém- nascidos dos municípios citados, já que a partir da segunda quinzena do mês de maio o Conceição volta a ser referência nesta área e será em Piratini que passarão a acontecer os partos de parte da região.

Num passado recente a experiência que novamente a entidade busca viver não foi exitosa, uma vez que por quase dois anos a direção autorizava os nascimentos sem ser referendada, portanto sem incentivo financeiro, assim fazendo significativas retiradas mensais dos cofres da instituição para manter o serviço.

“ Quando finalmente nos autorizaram a ser referência e passaram a pagar por isso, já tínhamos perdido a equipe que tinha um custo elevado. Imagina manter três médicos: um obstetra, um anestesista e um pediatra 24 horas por dia, sete dias por semana, trinta dias por mês a R$ 60,00 a hora para cada um, preço mínimo. Isso significava nada mais nada menos que 139 mil reais por mês” relembra Laerto Farias, diretor.

Para que, além dos partos e cesárias a estrutura de seis leitos com acomodação para mãe, bebê e acompanhante volte a ser usada não só por mães de Piratini, haverá, mesmo que numa escala menor, um novo sacrifício financeiro.

Laerto conta que com o incentivo do Sistema Único de Saúde, uma parte conseguida junto à Coordenadoria Regional de Saúde, 30 mil reais de um aporte acordado junto ao prefeito local Vitor Rodrigues e 40 mil reais que a instituição já recebe, faltará ao final de cada mês a partir junho entre dez e quinze mil reais para custear a referência.

“Não ganharemos dinheiro para reinvestir na estrutura, mas, ao menos manteremos o serviço até que outubro chegue, mês de renovação do contrato com o SUS via Estado, e consigamos aumentar o valor recebido mensalmente, tirar essa diferença e com isso ao menos empatarmos, ou seja: não teremos lucro, mas também não haverá prejuízo” explicou.

Nael Rosa- 

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