Ao atender ao telefone celular na
segunda-feira às 09 hs, a comerciante Maria Elvira Silva de Souza, 61 anos e
residente no Bairro Cancelão, viveu todo o pânico e stress provocados pelo
golpe do falso sequestro, geralmente aplicado do interior de presídios do
Brasil.
Ela só não sacou tudo que tem na
conta bancária porque orientada por um vizinho decidiu mesmo diante da pressão
psicológica e certeza que os bandidos estavam com sua filha de 46 anos e que
mora em Pelotas, ir antes à Delegacia de Polícia Civil, o que foi determinante
para que não se tornasse mais uma vítima.
Em entrevista exclusiva ao Blog
Eu Falei, Maria relatou boa parte do diálogo que teve com os bandidos em três
contatos telefônicos.
- Quando eu atendi um homem anunciou
que estava com minha filha e que aquilo era um sequestro e, para provar,
passaram o telefone e uma voz de mulher chorava e dizia: mãe, me socorre, estou
nas mãos deles, dei minha palavra que você ia pagar – relatou a vítima que após
o primeiro contato e saber o valor do resgate, 15 mil reais, ligou para o
celular da filha.
- Eu liguei duas vezes para o
telefone dela e chamou até cair à ligação. Neste momento tive certeza que ela
realmente estava com eles. Quanto à voz, é impossível você se dar conta porque
em desespero as pessoas podem ter ela alterada – amplia.
A comerciante conta que o bandido
ao telefone foi claro: ou ela pagava o resgate, depositando o dinheiro em uma
casa lotérica ou a filha morreria.
- Eu disse que não tinha esse
valor, aí, baixaram para 10 mil, novamente eu falei não possuir e ele disse que
ia apagar ela – conta.
Diante da alegação de não obter
nenhum dos valores requisitados nas ligações que se sucederam enquanto ela se
dirigia à polícia, o acordo ficou em R$ 700,00.
O drama teve fim quando um
policial atendeu a terceira chamada, notou que o sotaque era nordestino e com
isso constatou o golpe.
- Você vê na televisão, ouve no
rádio esse tipo de situação, mas, jamais acha que vai acontecer com você –
finalizou Maria que decidiu expor o episódio na imprensa como forma de prevenir
futuras vítimas.
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