Piratini, 20 de setembro de 2017
Secretário foi único a revelar que a gestão passada deixou um rombo a ser pago |
Minutos após nos receber em sua sala na Secretaria Municipal
de Educação, Gilson Gomes que também é
vice-prefeito de Piratini, levou por volta de um segundo para responder quando questionado se o transporte escolar de
Piratini poderia ser classificado como um problema crônico.” , “Concordo. Ele é
crônico. Isso se arrasta a muito tempo, principalmente de outras gestões. Para
que se tenha uma ideia, nós temos parcelamentos de dívidas com transporte que
vão até o final do nosso mandato”, revelou o vice e secretário sendo o primeiro
e único da equipe de governo a admitir que ficaram restos a pagar do governo
passado. Devemos de 2014, 2015 e 2016, (exatamente na gestão Vilso Agnelo, do
PSDB). “ São quase 600 mil reais em atraso que agora são nossos compromissos ,
amplia.
Há dias em que é um pandemônio na secretaria. Batendo à porta
Gomes ou inquerindo seus assessores pais indignados porque os filhos não
frequentam o colégio há dias, os próprios alunos de idade mais avançada
externando que estão perdendo aulas e diretores pedindo uma solução para
veículos locados ou não que naquele dia ou até naquela semana não apanharam os
estudantes.
Para justificar tantos problemas o secretário admite: a frota
do município está sucateada. “Recentemente abrimos processos licitatórios para
comprar três ônibus e não obtivemos êxito. Uma empresa venceu, mas apresentou
problema na documentação e numa segunda licitação não apareceram interessados. Vamos
continuar tentando, até por que, caso fracasse um terceiro processo podemos
tomar outro tipo de atitude” explicou.
Piratini atualmente tem 48 linhas operando no transporte de
alunos, sendo 18 do município, quase toda em péssimos estado. Terceirizados, ou
seja, aqueles veículos que pertencem a empresas
são 30. Gomes admite que há empresários no momento que não estão recebendo pelo
serviço que prestam, mas que não há nenhuma linha parada dado ao diálogo com os
proprietários. “ Temos e queremos pagar, ampliar a frota própria e reduzir
custos para oferecer um transporte de qualidade”, diz.
Mas o tendão de Aquiles da situação na visão de Gomes é o
convênio como Estado. Ele explica que a Secretaria Estadual de Educação repassa
para que os municípios transportem alunos da rede estadual, sempre baseado no
numero de matrículas existentes e tendo como base o Senso anterior. Assim,
municípios onde os veículos rodam, por exemplo, 15 quilômetros e
consequentemente gastam infinitamente menos combustível, recebem o mesmo valor
que Piratini que chega a viajar até 120 quilômetros para deixar o estudante em
casa. “Já alertei a secretaria em Porto Alegre e coordenadoria em Pelotas sobre
o assunto” Conclui.
Neste momento há na Assembleia Legislativa tendo o deputado
estadual tucano Adilson Troca como principal defensor, uma Frente Parlamentar
em Defesa do Transporte Escolar.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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