Terça-feira- 19 de setembro de 2017
Banda ressurgiu das cinzas para fazer bonito na avenida |
A pauta envolvendo a Escola Municipal
Inácia Machado da Silveira estava agendada para a edição passada que abordou o
desfile das entidades que fizeram alusão à pátria, mas no momento de fazer os
relatos sobre o episódio sinistro que a entidade sofreu em 2016 dois dias
antes de se apresentar, a diretora Elizabete Peres retrocedeu. Novamente
estávamos às vésperas do desfile e ela temia que a escola fosse novamente
atacada já que no incêndio de um ano atrás puseram criminalmente fogo apenas na
sala dos instrumentos da banda, o que impediu os alunos de mostrarem o trabalho
incessantemente treinado pelo mestre Éverton.
No desfile deste ano a Inácia
ressurgiu equipada, afinada e bonita nas avenidas, o que inegavelmente
emocionou muitos dos presentes e alguns deles ajudaram a banda a se reerguer.
Missão cumprida com êxito, finalmente
conseguimos extrair o depoimento da gestora do colégio. No primeiro mandato
como diretora e no calor da emoção e da tristeza, Elizabete chegou a pensar que
o fogo posto era para prejudica-la, pensamento que deixou de existir quando
conseguiu raciocinar melhor.
“ Um vizinho avisou do fogo, corremos
para lá e haviam três pessoas tentando apagar, mas já não havia mais o que
fazer, mas foi possível constatar que o incêndio foi na sala dos
instrumentos musicais. Naquele momento restava tentar fazer o fogo não se
alastrar para o resto do prédio “, relembra.
Ela conta que já no início da manhã
os alunos começaram a chegar. Todos muito emocionados queriam entrar para ver
os destroços. “ Eles queriam acreditar”, acrescenta a diretora.
Quando a notícia chegou aos demais
educandários todos ofertaram instrumentos para que a banda cumprisse seu papel,
o que e virtude dos ensaios não adiantaria. Tristes, mas firmes, optaram por
desfilar sem a banda."Sentimos muito. Essa banda é um patrimônio da escola
porque foi formada ao longo de vários anos e diretores e, com isso,
conseguiu-se reunir um bom número de instrumentos", frisa.
Um tanto zonza com o acontecido, a
diretora conta que não sabia o que fazer para recomeçar. Funcionários,
professores, pais e a comunidade, deram o norte. Um bingo foi realizado e
arrecadou uma parte significativa do necessário para a aquisição de novos
instrumentos.“As pessoas foram incansáveis no apoio” recorda.
Mas ainda faltava muito, foi aí, que
surgiu uma saída inesperada vinda do governo. O Projeto Mais Educação
direcionou valores e mais equipamentos foram adquiridos. Por fim, uma verba
proveniente do Poder Judiciário completou o que faltava para já e junho
deste ano os estudantes voltassem a ensaiar e deixar no passado o
episódio sinistro e que momentaneamente lhes tirou a alegria.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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