segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Mães se rebelam e exigem a presença de Vitor Ivan

Segunda-feira- 25 de setembro de 2017
Pais e alunos trancaram o portão da escola para protestar
 Na semana passada o secretário de educação e vice-prefeito da cidade, Gilson Gomes, já a havia admitido que o problema do transporte escolar, pudesse sim ser classificado como crônico. Talvez, se questionado fosse, o responsável pela pasta que dá manutenção nas estradas rurais onde os veículos escolares muitas vezes tentam rodar, tivesse uma opinião similar dado a pouca quantidade de máquinas e pelo sucateamento da maioria dos equipamentos.

São os dois maiores problemas enfrentados pela administração e, uma hora ou outra, haveria uma manifestação mais contundente para protestar com relação às situações.
Pois ao amanhecer do dia 25, exaustos de não serem ouvidos pelos gestores a comunidade rural da Escola Estadual Zeferino da Silveira, 2º Distrito, como diz o dito popular: “parou os pés”.

Principalmente as mães, fecharam o portão da escola e só concordam em abri-lo se o prefeito Vitor Ivan Gonçalves Rodrigues, o Vitão, comparecesse ao local para ouvir as reivindicações e, principalmente no mínimo, assegurar a reestrutura com relação ao transporte escolar e aos trechos de chão batido.

PROBLEMAS
Para chegarem até o educandário localizado no Assentamento Fortaleza, os professores saem 07:15 da manhã de Piratini, vão até a Escola Viera da Cunha, no 5º Distrito, ali aguardam uma Van que trás alunos de outra localidade, para só depois embarcarem. Tanta demora assim, atrasa a passagem do conteúdo em aula.

Os problemas se agravam. Em vez de quatro horas de aulas, os estudantes recebem apenas duas horas e meia e, isso, é dado à falta de transporte para os professores. Mas tudo pode piorar.
O Estado, com sua falta de estrutura e pouca atenção as escolas rurais, criou um situação tão ou mais crítica que o transporte ineficaz e muitas vezes inexistente.

“A situação é insustentável. Hoje são três turmas em uma só aula. Como que os professores vão dar a matéria e depois explica-la?” questiona Eliane Vargas Monteiro, que vivencia o déficit de aprendizado dos dois filhos que estudam na Zeferino. Conforme afirma, 1º, 2º e 3º anos, recebem as lições diárias no mesmo espaço e, em horário reduzido. “São duas horas e meia de aula se não chover e tiver qualquer problema na estrada”, disse uma das mães reclamantes.

Mas se você considera impossível que uma criança aprenda recebendo as lições junto com outras duas turmas, na Zeferino é pior. Para não tornar a situação ainda mais caótica, a diretora Esmeralda Iribarrem, mesmo sem ser remunerada para tal, pegou outras duas turmas se apertou em outra sala e diariamente repassa as lições.

Mesmo diante de tantos problemas o prefeito Vitão não satisfez a vontade de quem protestava. Horas depois de o protesto ir à imprensa, a prefeitura entrou em contato com os manifestantes propondo marcar uma reunião para dois dias depois, mas, cansados da não solução a proposta não foi aceita.


Restou ao vice-prefeito Gilson Gomes tentar apagar fogueira, se deslocando até a escola para acalmar os reclamantes. Gilson assegurou que um dos veículos necessários será providenciado imediatamente e que o outro, para os dos professores para em breve.


Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380


email:naelrosa@nativafmpiratini.com

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