Segunda-feira- 16 de outubro de 2017
Magistrado detalhou conduta e punições a menores |
Se comparado a índices de violência de cidades próximas como Pelotas,
por exemplo, Piratini pode ser vista como um município calmo, bom para se viver
e criar os filhos. Mas, de vez em quando, a polícia e a justiça se veem as
voltas com muitos casos envolvendo adolescentes. Roubam, danificam tentam matar
e, raramente, até matam.
A última situação de violência envolvendo menores de idade, ainda
repercute. No domingo, dia 08, a princípio, quatro adolescentes entre 15 e 17
anos, se desentenderam com seu desafeto Dionatan Àvila de Lima, 24 anos. O
ocorrido foi no centro da cidade e ao final do embate, Lima levou de duas a
três estocadas na região abdominal.
A vítima foi levada ao Hospital São Francisco, em Pelotas, onde passou
por cirurgia para a reconstrução de parte do intestino. Dias depois, precisou
ser levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dado a complicações no
processo cirúrgico.
Nossa reportagem buscou o juiz da comarca Mauro Peil, que abordou de uma
forma geral, os atos de violência cometidos por menores e também comentou
rapidamente o caso de Dionatan Lima.
- “O maior índice de criminalidade em Piratini são praticados por
adolescentes”, revelou.
Peil citou o artigo 227 da Constituição para mostrar que as pessoas e as
instituições tem o dever de protegê-los. O referido artigo tem uma série
de itens que demonstram as obrigações, mas, citemos alguns: é dever da família,
da sociedade e do Estado assegurar ao adolescente, ao jovem o direito à vida,
saúde, alimentação, educação, lazer etc...
- Eles são protegidos pela Constituição com absoluta prioridade-
resumiu.
Isso impede, já que a maioridade penal é 18 anos, que menores infratores
sofram punições de acordo com os chamados atos infracionais, mesmo que este
seja,por exemplo, um homicídio.
O magistrado amplia explicando que, a partir dos 12 anos, quando ele pratica
alguma conduta que se enquadra em algum artigo do Código Penal, à medida que se
toma é sócio educacional e, para isso, existe um Estatuto de Medidas Graduais
que objetiva sócio educa-los para que ele aprenda valore que proporcionem um
bom convívio com a sociedade.
Para os que representam um perigo à esta mesma sociedade, a medida é no
máximo 45 dias de internação em instituições apropriadas e, quando considerados
culpados, no máximo três anos em estruturas de mesmo porte.
Caso Dionatan- O que realmente ocorreu naquele domingo, 08 de outubro, é o que a
Polícia Civil busca saber, mas, é óbvio, não revela. O fato, é que a justiça
não considerou os autores do ocorrido adolescentes que ofereçam risco à
sociedade, pois, se assim fosse, nas palavras do juiz, eles tinham sido
retirado de circulação imediatamente.
- Eles não tem antecedentes. Sabe-se que houve uma briga e um deles
(quem sabe mais já que dois estavam armados), desferiu os golpes. Mas quem? Não
sabemos, a polícia está ouvindo as testemunhas e esse inquérito, como envolve
menores, vai se encerrar rápido –
Peil dá um exemplo de um fato similar ocorrido ano passado Praça Inácia
Machado da Silveira, onde havia uma aglomeração significativa de pessoas.
Muitos foram os envolvidos na briga e a investigação não conseguiu definir quem
deu a facada.
Outro exemplo, e que nesse caso levou à absolvição dos menores, foi
quando cinco indivíduos brigaram, houve uma vítima fatal e novamente não se
conseguiu saber quem desferiu o golpe de arma branca.
- Pelo princípio da presunção de inocência eu tenho que absolver todos
porque não posso condenar os cinco, já que só um foi quem matou, e eu não tenho
como saber quem foi – detalha Peil.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
Por onde começar?! Nunca até hoje tinha me manifestado, porque não há palavras que expresse o tamanho da dor da perda, olhem o que a nossa justiça faz! Meu irmão está morto, deixou uma família despedaçada, uma mãe que chora todos os dias, seus três filhinhos choram a falta do pai, meu irmão foi assassinado covardemente, por pessoas que hoje estão de novo convivendo em meio famílias, frequentando os mesmos lugares, são bandidos, covardes, ASSASSINOS, foi o meu irmão que morreu pelas mãos deles e amanhã quem será? Pode ser o filho de uma outra mãe, pode que amanhã você que esteja lendo isso tenha seu irmão, assassinado por essas pessoas, que hoje estão soltas, vivendo em nosso meio, não culpo quem trabalha, a polícia, bem pelo contrário respeito o esforço que fazem para que colocar atrás das grades esses bandidos, me envergonho, choro, me desespero por morar em um país onde a lei não protege o cidadão de bem e sim o mal caráter os que não prestam! Dizem que todo mundo merece uma segunda chance, entendo isso como seja uma segunda chance de matar outro, de seguir cometendo outras barbáries! Outra pergunta que me faço cadê a segunda chance do meu irmão?
ResponderExcluirInfelizmente esse é o nosso país, o nosso Brasil, leis porcas!
Desculpa meu desabafo, mas ninguém queira estar em nosso lugar, saber que vou ter que passar na rua, olhar para esses bandidos, sabendo que foram eles que tiraram meu irmão de mim e nada poder fazer...
Não sou bandida igual à eles, meu coração é bom, não tiraria suas vidas, pois Deus nos deu ela, só ele quem tira. É triste a realidade, só espero a justiça de Deus, que há mais sabia, por mais doloroso que seja esperar, tudo acontece no tempo certo, Deus saberá como cobrar deles o que fizeram!
E assim com lágrimas nos olhos e o coração partido encerro!
Essa justiça da terra falhou, mas a de Deus jamais...
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