Terça-feira- 25 de outubro de 2017
Adeline e Lidiana se somam a outras cinco mulheres
Em 2017, o Piquete Resto de 35
completou três décadas e meia atravessando a cavalo a Maurício Cardoso e a
Gomes Jardim, as duas principais avenidas que cortam o centro histórico
farroupilha de ponta a ponta e, onde ocorrem o desfile de cavalarianos na 1ª
capital farrapa.
Para coroar a data, novamente, como
já havia acontecido nos últimos cinco anos, a entidade, a maior também em
número de cavalarianos, outra vez levou o título, chegando a 16 primeiros
lugares em 35 anos do evento.
Foi o de melhor que aconteceu para o
piquete que teve um ano turbulento, onde muitos se retiram e, entre os fatores
dessas debandas, está à questão financeira, assunto que mesmo quando insistentemente
procurados pela imprensa os que até então eram as principais figuras do 35 se
recusaram a detalhar o que realmente aconteceu.
Passado o desfile, uma reunião onde
certamente se se debateu os problemas e, nela, eis que surge a voz do
fundador, Marcial Guastucci, falando mais alto. Ocorreu que, ao ouvir as
exposições da integrante Adeline de Lima Gonçalves responsável por fazer várias
sugestões e apontar erros que estavam
acontecendo, Marcial questionou: “por que você não assumi como patroa? Lidar
com homens, gaúchos acostumados a orientações de outros homens e uma certa resistência
a receber comandos de mulheres a fez
ficar reticente, mas ela respondeu: “se eu puder escolher as demais integrantes
da minha patronagem eu aceito”.
Marcial não titubeou e quando
perguntado por nossa reportagem o motivo de sua atitude, resumiu:” há muito
tempo elas pegam mais junto que muitos homens, ajudam mais”.
Quando nos deslocamos para realizar
essa matéria fomos apresentados à Lidiana Madruga, agora vice-patroa e a mais
empolgada e falante das sete mulheres. Isso mesmo: sete mulheres que
estão agora à frente de 35, percebemos que a ausência de foco para alcançar as
metas traçadas não falta.
“ Eu queria a Lili do meu lado assim
como as demais que convidei, algumas delas inclusive, haviam se afastado do
piquete e retornaram com convite”, disse a patroa Adeline.
Lidiana, a Lili, está cheia de
ideias, mas sabe o tamanho do desafio que todas vão ter para manter uma
entidade desse porte, começando pela aceitação dos integrantes masculinos.
- Fácil não vai ser. Por exemplo:
sempre tive vontade de integrar este piquete, mas, também sempre fui
desaconselhada a não fazer e o argumento usado é que era um piquete de ricos,
de endinheirados. Esse ano participei e vi que não é nada disso. Todo mundo dá
um pouquinho de si e um dos objetivos é mudar esse conceito que muita gente tem
–
O desafio aumenta dado a questão
financeira que por um momento desuniu parte da entidade.- Assumimos com
caixa zero. Não há dinheiro e nossa primeira ação será um baile de troca de
patronagem para arrecadar fundos– conclui Adeline.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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