Sábado, 07 de outubro de 2017
Jabu era elogiado por seus gestos humanitários
Não está escrito em nenhum lugar,
mas, dizem que para ser motorista da Secretaria de Saúde e passar praticamente
a vida toda no asfalto transportando os que sofrem e buscam a cura para várias doenças,
é necessário ser um pouco mais “humano” que o normal. Essa qualidade pertencia
a um cidadão que atendia, gostava de ser chamado e foi rebatizado pela
comunidade simplesmente por Jabu.
Luís Alberto Ulguim Daluz, o Jabu, 55
anos, com 36 anos de prefeitura, perdeu a luta de quase três anos contra o diabetes e faleceu sábado, 07, em um
dos leitos do Hospital São Francisco, em Pelotas, onde estava mais uma vez
internado, agora a 30 dias. Já há algum tempo o quadro se agravou pela falha no
funcionamento dos rins, pela cegueira nos dois olhos e, agora por último, pelo
surgimento de um tumor no estômago.
Não havia mais o que a medicina
fazer, mas, mesmo assim, os amigos corriam para arrecadar recursos para tentar
recuperar um dos olhos e com isso fazer com que ele voltasse ao menos a
enxergar.
Voltando a citar os inúmeros
gestos humanitários de Jabu, enquanto aguardava a chegada do corpo do amigo nas
capelas mortuárias, Jorge Augusto Perret, 48 anos, companheiro de prefeitura há
27 anos, citou para nossa reportagem uma das diversas vezes em que Jabu se
mostrou diferenciado.
- Teve uma oportunidade em que
entre os pacientes que ele carregava havia um que usava fraldas. O senhor
evacuou, fez às necessidades nas fraldas, ele parou o carro, pediu para que os
demais saíssem do veículo e ele mesmo fez a troca, ali, no meio da estrada –
relata Jorge que conclui.
- A comunidade perde muito com a
morte dele. Falar sobre o Jabu é fácil e difícil. É um exemplo a ser seguido,
deixou um legado de humanidade e, eu, pretendo seguir o exemplo dele como ser
humano, como motorista e como cidadão-
conclui.
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