Ao final da operação restaram três suspeitos para a polícia |
As sirenes nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira,19, deram ciência à população da zona urbana de que a Polícia Civil estava em
diligência cumprindo mandatos de busca e apreensão e também de prisão. Foi a
Operação Epístola, chefiada pelo delegado Rafael Vitola Brodbeck e com
participação da DEFREC de Pelotas totalizando 12 agentes.
A razão para a movimentação foi o desfecho de uma
investigação que inicialmente tinha dois personagens com papéis totalmente
distintos: suspeito e testemunha. Sem dar iniciais, idades ou outros dados
geralmente fornecidos devidos às razões policiais, Brodbeck contou em coletiva
que os fatos tiveram inicio quando um homem foi demitido de uma determinada
empresa em Piratini. A seguir o empregador e outras pessoas passaram a receber
cartas ameaçadoras e posteriormente mensagens de texto via celular, que também
exigiam certas quantias em dinheiro, ou seja, configurava-se aí o crime de extorsão
ou sua tentativa.
Na delegacia uma mulher, a testemunha, depôs e afirmou que o
homem apontado como único suspeito era o autor das correspondências. Mas para
os policiais algo não batia.
- Ele negava ser o emissor e pelo estado emocional e
psicológico dele demonstrava para nós a sua possível inocência – revelou o delegado.
Foi então que o chefe da investigação, inspetor Luciano
Dutra, encontrou uma letra na assinatura dos textos ameaçadores que o levou
para outro a caminho e quem acusava passou a ser investigada como provável autora.
Revisando arquivos os agentes se deparam com
ocorrências de naturezas parecidas a envolvendo, o que levou ao delegado
requisitar o exame grafotécnico, um comparativo de letras para saber se a escrita
pertence à mesma pessoa.
Ao fazer isso, Brodbeck contou que no mesmo dia as cartas
cessaram e as ameaças e exigência de quantias passaram a chegar por um celular com o número da operadora Claro, o que tornou fácil através dos mecanismos judiciais à
disposição, a polícia chegar ao nome de quem pertencia o chip cadastrado. Para
a surpresa da Civil, a dona do mesmo tinha parentesco com a inicial testemunha
e agora uma das suspeitas dos crimes.
Com base também nisso a polícia pediu a prisão temporária da dona do
telefone, mas, durante a operação de hoje acabou descobrindo, ao flagrar o
número, que as mensagens na verdade também partiam daquela que se transformou em única suspeita.
Motivo: ela possuía os dados cadastrais e pessoais da outra mulher por já ter contratado a
mesma como babá de seu filho, o que viabilizou o cadastro do chip.
Tendo um segundo inocente também envolvido nessa verdadeira
teia para ameaçar e extorquir, o delegado requisitou junto ao magistrado a
revogação da prisão de uma das mulheres devido a essa ser inocente, e prendeu a verdadeira culpada e outros
dois homens.
Nael Rosa-
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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