Sexta-feira, 25 de maio de 2018
Protesto na BR 293 teve início pela manha e se estenderá por todo o dia |
Fazer barulho, protestar, chamar a atenção da população em
geral para a causa foram metas de caminhoneiros residentes em Piratini nesta sexta-feira,
25, quando logo cedo, 08h da manhã um
grupo significativo que ganhou a adesão de motoristas que transportam inclusive
alunos da rede escolar, deu inicio ao movimento local partindo da Praça Inácia
Machado da Silveira, o Palanque, centro da cidade, para logo a seguir
interromper com o uso de caminhões a Avenida Gomes Jardim onde se concentra no
mínimo a metade do comércio do município.
Após impedir o trânsito por cerca de uma hora e meia, o
comboio partiu para o trevo de acesso à capital farroupilha e cidades de
Pelotas e Bagé na BR 293, onde deram início a uma queima de pneus nas duas
extremidades da ERS 702 e passaram a
trancar a passagem de veículos pesados, inclusive ônibus de transporte coletivo
e, de tempos em tempo e, por até meia hora, também de carros de passeio.
Na fila formada por condutores de carros de pequeno porte,
um chamou a atenção por não seguir em frente mesmo quando a coordenação do
movimento concedia a liberação. Nadir da Cruz Noguez,
71 anos estacionou sua caminhoneta antes da barreia de pneus incendiados e fez
questão de ser solidário com a classe que entende ele ser uma das mais castigadas do
Brasil.
“De que jeito estes
homens vão trabalhar e sustentar suas famílias com o litro do óleo diesel
ultrapassando a casa do R$ 4,00?”, questionou o empresário que fala com
propriedade, pois atua no ramo de prestação de serviços rurais e sente no bolso
os reflexos da paralisação, mas mesmo assim tem consciência de que para os
condutores sobre rodas de tudo que move o país a situação é tanto quanto
dramática.
Nael Rosa - redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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