Quarta-feira- 02 de maio de 2018
Barão tem uma filha com uma a Síndrome de Down |
Um pai, uma filha com Síndrome de
Down e um descontentamento exposto seguidamente por sua conta no Facebook com a
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) entidade que teoricamente
cuida ou teria que cuidar de crianças também nessa situação. Josemar Batista
Barão, pai de um bebê de seis meses diagnosticado com Down, não tem poupado
críticas devido a associação não ter capacidade de fornecer o tratamento
inicial e necessário à filha, críticas que se tornaram mais severas após a
divulgação de que o legislativo municipal ira homenagear a entidade por
serviços prestados à comunidade em 7 de maio.
“Fomos orientados a buscar a APAE para que
fosse dado o inicio à estimulação precoce com fisioterapia, terapia ocupacional
e fonoaudiólogo que são essenciais nos primeiros meses, sem falar em um
neurologista e um pediatra, um psicólogo e um pedagogo”, conta Barão, lembrando
que os profissionais e serviços citados acima normalmente integram a estrutura
das APAES.
Ele entende que não ter ao menos um
desses especialistas é inaceitável e que se torna impossível levar um bebê com
essa peculiaridade para instituição situada em Pinheiro, assim tem se socorrido
da boa vontade, por exemplo, da Secretaria Municipal de Saúde, para levar a
filha para a APAE de Piratini, cidade vizinha e localizada a 85 quilômetros de
distância.
“A resposta que nos foi dada ao
buscarmos atendimento para nossa filha, é que a instituição local tem como
finalidade prestar serviços na área de educação, então essa deveria se chamar
Creche para Deficientes. Acho injusta essa homenagem, pois deveriam correr
atrás para terem estrutura e profissionais capazes de oferecer um tratamento
condizente”, conclui o pai indignado.
A reportagem buscou Diego Holwes,
presidente da APAE Pinheiro, para que comentasse as críticas expostas agora
também em nosso veículo de comunicação. Holwes disse que Barão fez contato inicial
em janeiro e que realmente ele recebeu a informação que a entidade em Pinheiro
Machado tem um formato mais educacional, diferente da entidade e Piratini que
oferta vários serviços, inclusive para portadores da síndrome em questão.
“Nós não possuímos condições
financeiras e estruturais de atender em todas as frentes necessárias e ele, o
pai em questão não consegue entender isso e está bem revoltado com relação a
esta situação”, comentou o presidente que contra atacou:
“Ele está denegrindo a imagem da nossa
APAE nas redes sociais, mas alerto que nossos advogados pretendem buscar a
Promotoria Pública em virtude disso, já que ele não tem direito de denegrir a
instituição sem o conhecimento da causa como um todo”, ampliou.
Diego Holwes lembrou que recém a direção
está solucionando a situação da documentação com relação a cadastros de
devedores e pondo os impostos em dia, o que impede inclusive o cadastro e o
atendimento pelo Sistema Único de Saúde- SUS.
A estrutura física também é um dos
problemas a serem resolvidos, pois mesmo que houvesse esses profissionais à
disposição, não seria possível ofertar os serviços devido à ausência de espaço
físico, já que até mesmo para este modelo, o educacional, o espaço é limitado,
pois são apenas duas salas que ele classifica como ”apertadas”.
”Além dessas salas temos uma cozinha,
um refeitório e uma secretaria, quando no mínimo deveríamos ter uma sala de
atendimento. Estamos instalados em uma casa comum e não projetada para o que é
necessário, e por fim, hoje a receita que temos é baixa e repassada pela
prefeitura, valor que é complementado com doações para pagar as despesas
fixas”, conclui.
Nael Rosa- e Gilmone Bicca
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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