Sexta-feira, 11 de maio de 2018
Hoje recuperado, Esmeraldo disse que esperava uma pena maior |
Quase cinco
anos depois de receber a denúncia apurada pela Polícia Civil e apresentada pelo Ministério Público, a justiça anunciou
a sentença dos dois agressores do funcionário Público Esmeraldo Moreira
Madruga, hoje com 57 anos, que na noite de 12 de abril de 2013, no bairro Padre
Reinaldo, foi espancado e torturado por Bruno Bueno de Oliveira e Dionatan Ávila de Lima para que confessasse onde estava guardada a quantia de R$
1.100,00, informação que foi obtida com o uso de facas e uma barra de ferro.
Esmeraldo
teve o rosto parcialmente desfigurado, mas a cicatriz maior daquela noite ao ter a casa arrombada pela dupla quando ele se encontrava com o filho Cristian
Ramon da Silva Madruga, na época com 13 anos, por muito tempo foi de medo, já
que considera e sentiu na pele o quanto seus dois algozes são extremamente
violentos.
Baseado
nas provas contidas nos autos, o juiz Mauro Peil Martins sentenciou os acusados
a oito anos de prisão em regime inicialmente fechado, por assalto à mão armada,
e ao pagamento de R$ 800,00 de multa, valor que não foi recuperado na época já
que R$ 300,00 foram devolvidos.
Em
depoimento durante o inquérito e ainda enquanto o processo, o filho que também
foi agredido, foi o responsável por reconhecer os agressores mesmo que estes
tenham tentado esconder o rosto. Dionatan era vizinho de Esmeraldo e Bruno genro, pois namorava uma filha da vítima, e ambos costumavam conviver,
inclusive jogar futebol com Cristian ,o suficiente reconhecer e afirmar serem eles os
assaltantes.
“Eram
3h da madrugada quando, após arrombarem a porta, eles levaram meu pai para o
quarto e começaram a efetuar as agressões, sendo que um dos meliantes me
bateu com um ferro na cabeça. Fiquei inconsciente por um tempo e ao acordar
fui até o quarto onde os dois estavam efetuando as agressões, até que acharam a
carteira com o dinheiro e foram embora”, relatou Cristian em juízo.
Conversamos
com Esmeraldo e ele afirma que o hoje o medo já passou, mas que as sequelas
daquela noite perduraram por muito tempo.
“Após
o assalto nós, eu e meu filho, não conseguíamos dormir, então revezamos: enquanto
um descansava por duas ou três horas, o outro cuidava a porta e o movimento”,
relembra.
Ao
saber a sentença dada a Dionatan e Bruno, ele lamenta dois pontos:
“Eles
vão recorrer em liberdade e pelo que fizeram com a gente mereciam
bem mais que os oito anos”.
Os
condenados tem grande possibilidade devem permanecerem livres para recorrem à
segunda instância, ou seja, ao Tribunal de Justiça, situado em Porto Alegre, que
poderá confirmar ou não sentença de
primeiro grau.
Nael Rosa
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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