Segunda-feira- 28 de maio de 2018
Prédio abrigou jornal durante a Revolução Farroupilha |
Entre os prédios históricos erguidos em Piratini, a Casa de Garibaldi já
foi vista por um determinado período como um dos mais importantes não só da
cidade que é chamada de berço farrapo, mas também do Estado por ter abrigado
durante a passagem dos revolucionários a tipografia Republicana Rio-grandense,
responsável pela impressão e publicação do Jornal O Povo, um dos periódicos
mais importantes por tornar público os fatos e atos da Revolução Farroupilha.
Nela residiram Luiggi Rosseti, editor do jornal citado, e também Giuseppe
Garibaldi quando este esteve envolvido com o embate.
Construída entre 1830 e 1832, nos últimos anos e até 2017, a casa de
onde os farroupilhas davam voz as suas ações e indignações, era usada como
espaço para abrigar a sede do Conselho Tutelar mesmo já não sendo habitável por
se encontrar com inúmeras infiltrações, presença de mofo e cupins, além do
desgaste proveniente da ação do tempo.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN,
no ano de 1941 e pelo município em 1956, a Casa de Garibaldi começou a ser
reformada no princípio e maio deste ano, ação que terá nesta etapa inicial um
custo total de R$ 317.000,00
(trezentos e dezessete mil reais), verba oriunda da Lei Rouanet.
“Este
valor, que será dividido entre obras, divulgação e custos de administração foi
capitado através da lei, e, é proveniente de patrocínio da Companhia
Riograndense de Saneamento- CORSAN para nessa primeira etapa ser utilizado para
recuperar fachada e cobertura, explicou a produtora cultural Beatriz Araújo,
que está à frente do projeto.
Durante
cinco anos ela foi a responsável por realizar a Semana Farroupilha,
também pela restauração do Museu Histórico Farroupilha entre 2008 e 2011,
e ainda pela Linha Farroupilha que tem 880 metros e sinaliza
prédios, espaços e monumentos de maior importância para no município.
Bia
Araújo, como e conhecida no meio cultural, continuará com um desafio diante da
escassez de recursos, inclusive para este fim: convencer as empresas que podem
ser parceiras a bancar o restante da reforma.
“A restauração total que tem um custo previsto de R$ 1.276.317,03 (Um milhão duzentos e setenta e seis mil trezentos e dezessete reais com três centavos) dependerá da continuidade no processo de captação dos valores necessários para dar andamento à execução da obra. Com o recurso em mãos, a mesma tem previsão de dez meses de duração”, concluiu.
Nael Rosa - redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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