quinta-feira, 14 de junho de 2018

Economia: a atual situação do mercado imobiliário


Sexta-feira- 14 de junho de 2018
Vaz faz uma análise do mercado atual de imóveis
Um mercado que há cinco anos era rentável, pois movimentava grandes somas por muito atrativo para quem desejava adquirir um imóvel seja ele na planta ou já construído. Assim podem ser resumidas as transações imobiliárias em Piratini, cidade com vinte mil habitantes, que tinha um dos metros quadrados mais valorizados entre os pequenos e médios municípios da zona sul do Estado.

Mas a retração que neste meio também é nacional, tornou mais difícil, caro e burocrático o sonho de adquirir a casa própria, opinião compartilhada pelo corretor de imóveis, Otavio Vaz, procurado por nossa reportagem para fazer uma avaliação do setor, hoje em recessão.

Ele destaca que dois fatores ainda são responsáveis pelas vendas, embora significativamente menores, na capital farroupilha. “Para nós que atuamos neste meio o que impulsiona é o agronegócio, baseado na pecuária e agricultura, e o outro é o acesso financiamento, já que 80% das residências comercializadas são financiáveis”, frisa Vaz.

O corretor lembra que na maioria das vezes o mercado local não é movido por somas à vista e sim, de crédito liberado pelo Governo Federal através de linhas de crédito com que já tiveram juros mais acessíveis, o que de alguns anos para cá é um fator a mais de dificuldade. A soma a ser disponibilizada agora é bem maior, uma vez que o percentual do valor de entrada atingiu os 30%. Também subiu o montante exigido para o Programa Minha Casa Minha Vida que dobrou nos últimos doze meses passando de 10 para 20% para teto de R$ 105 mil. 
“Quem projeta comprar um imóvel precisa estar ciente que é preciso ter em mãos R$ 20 mil para a entrada e mais R$ 6 mil para bancar as taxas de aquisição”, lembra o corretor.

As exigências no que diz respeito à documentação para ter acesso ao crédito também ficaram mais complexas, pois como recordou Vaz, até 2012, por exemplo, uma Declaração de Rendimento de Pessoa Física, também chamado de Decore, permitia ao candidato dar inicio ao processo, agora é necessária a Declaração de Imposto de Renda ou a Carteira de Trabalho assinada.

O subsídio, valor dado ao comprador pelo governo já foi de R$ 11 mil, quantia que teve uma redução drástica, em suma: entre os aumentos estão valor de entrada e também os juros.
“Tudo isso somado a renda mínima exigida para se enquadrar no programa que já foi de dois salários mínimos e no atual momento é de dois e meio salários, impactou na desaceleração do mercado de imóveis” destaca Vaz que arremata com uma dica para que se atravesse o difícil momento.
 “Baseado nessa retração nacional entendo ser necessário que aqueles proprietários que intencionam vender seus imóveis facilitem a transação, pois algumas vezes a negociação não está evoluindo devido a quem vende pedir um valor muito oneroso, e em mesmo que não seja regra, em determinadas oportunidades o comprador tem recursos em mãos, mas o valor é alto, assim entendo que é preciso flexibilidade na senão a negociação se torna inviável”.
Nael Rosa-
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com

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