terça-feira, 24 de junho de 2014

Cadeirante protesta contra a falta de rampas

Terça-feira-24 de junho
No inicio de cada mês, quando vai ao banco acompanhada pela mãe para receber o valor referente ao auxílio doença, Patrícia Dutra, 36 anos, gostaria de interromper o caminho que a leva de volta para casa e realizar uma vontade simples que, devido à tantas limitações ao ser cadeirante, passou a ser um sonho.
Vítima da distrofia muscular, uma doença progressiva que começou a lhe tirar os movimentos das pernas aos 23 anos e, a três a colocou em uma cadeira de rodas, ela encontra em seu cotidiano as dificuldades impostas pelo não cumprimento da lei que desde o ano 2000 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade dos portadores de deficiência.
- É como se a gente não existisse, não tivesse importância – resume a cadeirante que na segunda-feira, 23, decidiu protestar através das redes sociais após não conseguir entrar no prédio que abriga a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social.
- Fui levar minha mãe que tem 75 anos para resolver uma questão nos documentos dela e o funcionário teve que nos atender na calçada, pois não há rampa de acesso – relata.
Ela reclama, mas, também ouve reclamações dos motoristas que se mostram visivelmente irritados quando precisam ter paciência ao vê-la atravessar vagarosamente à rua em busca quem sabe, de uma loja que dê condições para que realize outra vontade.
- Há muito tempo não compro roupas. Fico olhando as vitrines e, se gosto do que vejo, tenho que torcer para na loja ter um funcionário com boa vontade de trazer até mim o que escolhi – conta Patrícia que completa:
- Quando saio, preciso torcer para encontrar boas calçadas e não ser impedida por carros estacionados em frente às rampas das mesmas. Acho que inclusive os lojistas entendem que nós cadeirantes somos tão poucos que não vale a pena investir, mas somos muitos, a maioria circunscrita à própria casa por saber o que não vai encontrar ao sair à rua -




2 comentários:

  1. Não esquecendo também, que dependo e muito do meu filho Taliel de 14 anos, no qual se irrita com tamanha falta de respeito a nós deficientes.

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  2. Obrigada Nael Rosa, por nos ajudar nesta luta, faremos valer nossos direitos, obrigada por pegar esta causa junto a nós.

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