Audiência Pública lotou dependências do legislativo |
As
alterações, permissões, proibições e ampliação da área que delimita o Centro Histórico, impostas
por portarias do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
IPHAE e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN e que tem
tirado o sono de alguns comerciantes e na mesma intensidade é motivo de
stress de arquitetos que acumulam prejuízos por estarem com seus projetos
estagnados ou reprovados, foi tema de debate por quase quatro horas na terça-feira,
16 em uma audiência pública na Câmara de Vereadores.
As
modificações estruturais proibidas nos prédios tombados e limitações ainda ao longo da área que entendem os institutos deve ser protegida, a readequação
das fachadas do comércio que devem ser padronizadas e a extensão da poligonal lotou o legislativo.
Além
dos interessados no tema, a participação de Ana Maria Beltrami, do
IPHAN, da promotora Cristiana Chatkin, Otávio Alves, presidente do Conselho do
Patrimônio Histórico do Município e da ACIAS, Luiz Antônio Farias, do
prefeito em exercício Vitor Ivan, vereadores e também da produtora cultural
Beatriz Araújo.
Todos
atentos e interessados na contraproposta trazida pelo IPHAE E IPHAN sobre o
assunto em resposta a outra já feita pela Prefeitura de Piratini.
Na
nova versão apresentada, os institutos ficariam responsáveis por regular duas
áreas e uma terceira ficaria sobre a responsabilidade do município.
Mas
o novo projeto ficou em segundo plano e a audiência virou um debate de pontos divergentes no que diz respeito ao direito
jurídico de intervenção do Estado e da União sobre os municípios e suas
próprias leis.
Eduardo
Hanh, diretor do IPHAE,(à direita), disse que o instituto entende que a discussão é
necessária e que estão abertos a ela, pois impor não é a intenção, mesmo que
isso seja permitido juridicamente.
-
Sabemos que o tema que visa à preservação do patrimônio histórico é polêmico,
mas acima disso, importante. Apresentamos o nosso projeto, a prefeitura veio
com uma contraproposta e em cima desta, trouxemos uma nova, portanto, estamos
flexíveis para chegarmos todos ao denominador comum, o que não precisaríamos já
que a lei nos permite executar – disse Eduardo.
O presidente
da Associação Comercial de Piratini, Luiz Farias, o Alemão, chamou a atenção
para a confusão formada pela falta de padrão a ser seguido enquanto as leis que
regem as liberações de fachadas publicitárias, reformas e novas construções.
Órgãos expuseram sua contraproposta para os presentes |
Para ele, toda e qualquer proposta de
alteração na legislação atual deve ser discutida amplamente com a comunidade.
- Tudo isso é
delicado. Mexe com a vida das pessoas, das empresas que querem se instalar ou estão fechando, de empresários que investiram
altos valores em suas fachadas e agora estão tendo que retira-las. Temos que
repensar, a comunidade precisa ser ouvida sim- repetiu.
A promotora
Cristiana Chatkin discordou de Alemão de uma forma veemente:
- Se há empresas
querendo vir para Piratini para se instalar para não respeitar a lei, ficar de
forma irregular, ilegal, que vão embora porque aqui existe lei –
Após o longo
debate com importantes participações enquanto qualidade de conteúdo partindo da
assistência, pouco se avançou no assunto que voltará a ser discutido em uma
nova data, agora com autoridades jurídicas, públicas, políticas e gestoras de
associações ligadas ao assunto,
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