quarta-feira, 3 de abril de 2013

Poço sem uso aumenta drama no Orlando


O quadro não se alterou em relação aos últimos três anos e assim, a estiagem se mantém castigando a zona rural de Piratini obrigando moradores da maioria dos distritos passarem diariamente por transtornos pela ausência do líquido incluído a falta dele para tarefas domésticas, matar a sede de animais de pequeno e grande porte e, em muitos casos, também para consumo humano.
Para a rural Satia Garcia Tunes, passar por essa situação e ao mesmo tempo vislumbrar uma estrutura praticamente a beira da casa construída para soluciona-la ali, tão perto e  sem uso, é motivo de indignação.
Ela reside no 5º Distrito, localidade Orlando Franco a beira da ERS 702, uma referência de mau uso do dinheiro público. O poço artesiano da foto foi perfurado há cerca de dois anos e foi visto como solução pela moradora.

- Moro aqui há quatro e realidade é péssima. Quando começaram a abrir nos deu esperança, esperança frustrada, em vão. Estou a 500 metros de um poço e a 200 de uma caixa d’água e não tenho água em casa - relata Satia que é ajudada pelo caminhão pipa da Prefeitura de Piratini que sem trégua abastece os reservatórios do interior.

Ela decidiu tomar providências e foi à Câmara de Vereadores em busca de explicações para a obra inacabada e dos responsáveis pela não conclusão. 
- Quero uma resposta. Vim aqui cobrar que façam o seu papel - cobrou, mas não foi à única.
Mas não foi sozinha:
- Quando chegarem a fazer o encanamento teremos um novo problema que será a reforma da bomba que pode já estar estragada por não terem dado a continuidade ao projeto – alerta Liege Almeida Lopes, também residente no Orlando Franco que compareceu junto ao marido ao legislativo.
Ela se refere à canalização, única parte que ainda resta a ser feita e que liga o poço artesiano ao reservatório localizado a quinhentos metros dali.
O assunto foi amplamente debatido na Câmara, mas, novamente não ao ponto de dar uma solução imediata pra o poço que poderia, se estivesse funcionando, acabar com o drama vivido pelas famílias em torno dele.

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