Terça-feira- 18 de dezembro de 2018
Aluízio teve a vida ceifada aos 24 anos |
A morte do veterinário e administrador da Cabanha Veio D´Água, em Piratini na noite da sexta-feira, 14, comoveu milhares de pessoas, sendo estas ou não pertencentes ao meio do cavalo crioulo, todos chocados com a maneira trágica em que a vida de Aluízio Menezes Perez foi ceifada após ele receber uma descarga elétrica ao segurar o pedestal que sustentava microfone para comentar sobre um dos animais que participava do leilão promovido pela cabanha do qual era administrador.
Entres as centenas de lamentos e homenagens que se tornaram públicos através das redes sociais, está a comovida e triste homenagem do médico Ricardo Gallicchio Kroef, presente ao leilão e que, não por menos que meia hora, mas sem sucesso, tentou com manobras de ressuscitação estabilizar Aluízio.
Frustrado por não ter conseguido seu objetivo, Kroef foi uma das dezenas de pessoas desesperadas quando percebeu que ginete havia perdido a vida.
“Fui treinado na Faculdade de Medicina para “não me envolver” com pacientes. Fracassei! Adoro eles e sofro suas dores e choro om suas perdas”, postou o médico que era do círculo de amizades da vítima.
“ Fui o último médico deste menino. Ele não me escolheu: uma terrível fatalidade nos colocou frente à frente no derradeiro sopro de vida. Conheci como um garoto, homem de sorriso franco, educado, prestativo e com um brilho nos olhos contagiante quando falávamos de cavalos”, postou.
Impotente diante da morte, Ricardo Kroef demonstra toda sua tristeza por não ter conseguido reverter o quadro para o qual o destino lhe escolheu.
“ Fui treinado para suspender uma tentativa de reanimar um paciente quando não há mais chances. Falhei! Não conseguia desistir até dentro do Hospital quando tínhamos perdido esta vida tão maravilhosa, especial. Fui treinado para tentar consolar os familiares. Falhei, já que eu é que fui consolador pelo pai deste menino. Lembrarei por toda vida o ocorrido. O dia em que vi partir, em minhas mãos, um jovem Amado, admirado e querido. O dia em que também morri um pouco como médico”, escreveu.
Reportagem: Nael Rosa
Contato: 53- 984-586380 e 53- 999-502191
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