Terça-feira- 12 de março de 2019
Vereador disse estranhar o veto ter vindo sem parecer jurídico |
A Câmara de Vereadores derrubou pelo
placar de 6x1, na sessão de ontem, 11, o veto do prefeito em exercício Gilson
Gomes, do Progressistas, ao projeto de lei de autoria do vereador Manoel Rodrigues,
do mesmo partido, aprovado por unanimidade na sessão de 25 de fevereiro.
O projeto estabelece a
possibilidade de agendamento de consultas por telefone em todas as unidades de
saúde do município geridas pela Prefeitura de Piratini.
Pelo texto, 40% das fichas
diárias devem ser disponibilizadas para pessoas idosas (acima de 60 anos) com
deficiência, gestantes, crianças e para residentes na zona rural da cidade.
Na justificativa, o Executivo
emitiu um parecer dado pela Enfermeira Coordenadora da Secretaria Municipal de
Saúde, Luciane Gomes, onde ela diz que a matéria fere o princípio da equidade, que é um dos princípios
doutrinários do SUS, e tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça,
ficando proibida qualquer exclusão baseada em idade, inclusive ou limitação física, entre
outras.
Luciane salienta que atualmente
em Piratini, o atendimento às pessoas é feito de forma integral por
agendamento, quer por telefone ou por agente comunitário de saúde, reconhecendo,
assim, as necessidades de saúde da população sob responsabilidade da atenção
básica.
Ter admitido que a prefeitura já tenha
tal prática, deixou Manoel Rodrigues confuso.
“Lamento o veto a mais um projeto
meu que só trará benefícios à comunidade. O próprio parecer diz que a
Secretaria já faz o agendamento por telefone, o que sei que ocorre somente no
Posto Central, e o que eu peço é que vire lei e se estenda a todos as unidades”, ponderou Rodrigues, que acrescentou
estranhar o veto ter vindo com o parecer de uma enfermeira”
“Se o prefeito queria vetar que o fizesse,
mas, por favor, é a primeira vez que vejo isso com um parecer que não é do
Departamento Jurídico da prefeitura, e sim, de uma enfermeira”
O líder do governo, Sérgio
Castro, do PDT, acompanhou o veto do prefeito Gilson, mas justificou:
“A ideia é excelente, mas peguei
um parecer de um advogado durante a reunião, e este me assegurou que o projeto
é inconstitucional, pois não cabe a um legislador atuar em tal matéria, por
isso sou a favor do veto”.
Nael Rosa- redator responsável
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