Segunda-feira 10 de fevereiro
Na contramão das informações que destacam o crescimento da produção agrícola em assentamentos gaúchos, o deputado estadual Pedro Pereira (PSDB) voltou a disparar pesadas críticas contra os assentados.
– Dão terra para quem nunca plantou um pé de couve. Então eles alugam, vendem, arrendam e não trabalham. Não sabem se o feijão nasce encima ou embaixo da terra. Digo isso aqui, digo na tribuna e digo em Brasília – anunciou, em entrevista à Rádio Liberdade.
A afirmação contraria a projeção de colheita dos assentamentos gaúchos para 2014, cujo percentual de produção deverá aumentar este ano. Segundo reportagem feita pelo UOL Notícias em janeiro, uma das cooperativas gaúchas ligadas ao MST deverá colher este ano cerca de 440 mil sacas de arroz orgânico, produzido sem agrotóxicos.
Até abril, a Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Tapes irá enviar a 265 mil alunos de São Paulo 930 toneladas de arroz orgânico Terra Livre, pelo equivalente a R$ 2,58 o quilo. Para a nutricionista Regina Munch, coordenadora do Setor de Nutrição do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, o grão orgânico é superior ao comum por não receber produtos químicos, que poderiam deixar resíduos e, assim, afetar a saúde do consumidor.
Até abril, a Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Tapes irá enviar a 265 mil alunos de São Paulo 930 toneladas de arroz orgânico Terra Livre, pelo equivalente a R$ 2,58 o quilo. Para a nutricionista Regina Munch, coordenadora do Setor de Nutrição do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, o grão orgânico é superior ao comum por não receber produtos químicos, que poderiam deixar resíduos e, assim, afetar a saúde do consumidor.
Na entrevista concedida nesta manhã, Pereira falava sobre os constantes cortes no fornecimento de energia elétrica no Estado, quando mudou de assunto e passou a criticar a reforma agrária e programas federais e estaduais.
– A política do Governo Federal e do Governo Estadual estimula o vagabundo, o ladrão, o velhaco e o bandido – disparou.
O deputado disse que já havia feito a mesma afirmação em outra emissora, na cidade de Piratini. O assunto resultou num acirrado debate, onde o presidente do PT daquele município, Lourenço de Souza, prometeu ingressar na Justiça contra o tucano, numa ação por calúnia e difamação.
– Quando acabou a entrevista, eles estavam me esperando... um vereador deles e o pessoal do MST. Falei que não tinha medo deles, porque eu estava dizendo a verdade – relatou.
Pereira relembrou que a polêmica em Piratini começou quando ele foi questionado, durante a entrevista, sobre o que pensava da reforma agrária. O parlamentar repetiu as críticas na entrevista desta segunda-feira.
Com as informações: Canguçu On Line
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