Piratini-19 de junho de 2017
A área física, a grandiosidade, o
número de atrações, entre elas os show de qualidade nacional e internacional,
são responsáveis pelas seguintes discussões entre quem a frequenta: seria a
Semana Farroupilha de Piratini a maior do estado e até do Brasil já que existem
entidades tradicionalistas país a fora que organizam este tipo de evento? Bom,
em 2017 não veremos essa discussão. Foi decretado na manhã da segunda-feira, 19,
que o Centro de Eventos de Piratini este ano ficará vazio, ou seja, não haverá
Semana Farroupilha 2017.
A questão é a mesma que tem
impedido a realização de tantos eventos da área tradicionalista ou não no
Brasil: dinheiro. Por quatro anos os vereadores de oposição requisitaram ao
prefeito Vilso Agnelo (PSDB),os gastos, os lucros ou os prejuízos que o evento
dava. Nunca Obtiveram resposta.Em uma entrevista de pouco mais de vinte
minutos, certamente acuado pelas contas deixadas por seu antecessor e pelos
novos compromisso de sua administração, o prefeito Vitor Ivan Gonçalves
Rodrigues expôs a difícil questão financeira enfrentada por Piratini em várias áreas
já que é a prefeitura que custeia a maior festa dos gaúchos. “Jamais fugiríamos
da socialização de decisões, e foi nesse caminho, dentro desse governo de pautar
os assuntos dessa maneira que partimos para esse conjunto de possibilidades e
definir da melhor maneira possível já que se pensarmos sozinhos se erra sozinho
e se pensarmos coletivamente a chance de errar é menor- expôs o prefeito.
Pensamos juntos e chegamos à conclusão que era necessário cancelar” disse o
prefeito.
Vitor argumentou que estamos em
um ano totalmente diferente. “Percebe-se que a realidade do Estado do Brasil
tem se colocado de maneira atípica para as questões administrativas e que ao
longo do país a gente vê vários cancelamentos por ter que se priorizar o que
realmente é necessário.”, exemplificou Rodrigues que ampliou:”Por exemplo,
cultura e turismo são extremamente necessários no município de Piratini,
vivemos de turismo, mas exigem investimentos de recursos próprios e no momento
que temos vários compromissos a serem cumpridos não é possível que não tenhamos
que priorizar essas áreas. Não é uma questão pessoal minha. Eu adoro a semana
farroupilha, mas eu não posso agir por um impulso. Tenho que ter
responsabilidade coletiva, pois foi pra isso que a população me colocou lá”,
argumenta Gonçalves Rodrigues.
Ele frisou que haverá críticas,
sugestões, possibilidades de construir soluções para o município no que diz
respeito a realização do evento, mas a responsabilidade é do prefeito, o
orçamento é da comunidade e deve ser respeitado, condicionada a execução dos
mesmos de acordo com compromissos prioritário da cidade. Ele citou a educação e
saúde como áreas básicas que precisam de investimentos que são prioritários
assim nas suas ações primordiais ”Cancelaram o Reponte da Canção Nativa, este
ano cancelaram o carnaval em várias partes do Brasil, Eventos importantes para
a cultura, mas e um ano tumultuado politicamente e financeiramente, a crise
instalada em todas as regiões nós temos que repensar sem me apegar ao passado.
Todo mundo fez de um jeito ou de outro e nós temos que construir o futuro
e se para o futuro for melhor não fazer, está cancelada a Semana
Farroupilha este ano” finalizou o prefeito.
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