quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Cooperadas fazem da coleta de lixo sua sobrevivência

Quinta-feira- 30 de novembro de 2017
Na parceria com a prefeitura, a evolução da coleta e venda dos resíduos
Há cinco anos elas tiveram a iniciativa, diante da ausência quase permanente de emprego em Piratini, de viver do que o lixo pode gerar e alterar o impacto para positivo no meio ambiente.
Um silo sem nenhuma utilidade a beira da ERS 702, há no máximo dois quilômetros da área urbana, foi pleiteado junto à prefeitura que, além de ceder às instalações, tornou-se uma parceira e tanto para que o projeto desse certo. Assim nasceu a COOPIRATINI, que hoje propicia a oito mulheres uma renda mínima de um salário com a venda de latinhas, papel, papelão e plástico.

Ander Souza, com apenas 19 anos, é a porta voz do grupo e tem na ponta da língua todo o funcionamento do processo.
- Nós mesmas, com um caminhão, fazemos a coleta dos resíduos pelo município indo ao comércio e também retirando de algumas lixeiras, o que não é o ideal, pois acaba que nos caso delas, aproveitamos muito pouco até porque o caminhão que realiza o recolhimento normal  dos rejeitos passa antes de nós – resume Ander.

A jovem cooperada entende que o ideal seria uma reeducação da comunidade, um problema que se percebe em todo Brasil, que não faz a separação do que vai descartar no interior de sua residência, sendo a próxima etapa postar o lixo na rua já separado.

Na hora de vender o que organizam no galpão, as cooperadas também evoluíram. No princípio o atravessador, ou seja, aquele que compra para revender, oportunizava um valor menor pelos recicláveis. Mas isso não ocorre mais.
- A gente trabalha em rede. São cinco municípios que reúnem o que reciclam e as cargas que saem a cada 45 dias seguem para Porto Alegre onde são vendidas por um preço mais elevado e, unindo o valor que provém de um convênio com a prefeitura, conseguimos há alguns meses começar a  pagar o nosso INSS, também o escritório de contabilidade e ainda nos sobra um pouco mais de um salário mínimo para cada uma já descontado a previdência – explica.

O atual prefeito Vitor Ivan Gonçalves, PDT, ao assumir decidiu manter todos os convênios que seu antecessor, Vilso Agnelo, havia firmado com a COOPIRATINI. O combustível para a locomoção do caminhão dentro da cidade e transporte para outros municípios das cargas já formadas, a cedência de um motorista da prefeitura para conduzir o veículo e o prédio onde ocorre a separação.
- Mantivemos todos porque entendemos que é um a forma de reconhecer  o que elas fazem, pois auxiliam o município a reduzir a carga que vai para a estação de transbordo, além da geração de renda que nos dá o impacto social – disse o prefeito que ampliou:
O convênio para elas pagarem a previdência foi em nossa gestão que foi firmado, o que colabora em função da baixa arrecadação que elas tinham, para amplia-lo.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com.

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