Terça-feira- 22 de novembro de 2017
Delegado afirmou que faltaram elementos para a prisão |
Em coletiva no final da manhã de
hoje, o delegado Rafael Brodbeck deu maiores detalhes do interrogatório do
único suspeito preso após o assalto ao Supermercado Weege na noite de ontem,
21. Ainda na madrugada, o Eu Falei trouxe informações da caçada aos
assaltantes, mas ficou em aberto, já que a ocorrência se estendeu até 04:30 da
madrugada, se o homem conduzido à DP pela Civil e Brigada tinha mesmo
participação no ocorrido.
Infelizmente para a segurança da
população e frustração dos proprietários do estabelecimento e da polícia como
um todo, ainda não foi possível dar esta resposta.
Ao detalhar, Rafael contou que com
a ajuda de uma câmera instalada em uma casa noturna próximo ao supermercado, o
serviço de inteligência da Polícia Civil obteve os dados do proprietário do
veículo usado na fuga, assim como o endereço, uma propriedade rural situada no
1º distrito.
- Quando examinamos o carro o
motor estava quente, então questionamos a senhora que ocupa a residência se o veículo
havia sido usado naquele dia. Resposta: não! Ninguém usou ninguém veio aqui
hoje- assegurou. Requisitei então quem eram os filhos e ela nos forneceu o
telefone dele – relata o delegado.
Ele conta que foi então efetuada
uma ligação para o número concedido e que o filho, informado sobre o que havia
ocorrido, alegou estar em Pelotas, mas que iria ao encontro das autoridades, o
que realmente fez e, antes mesmo de completar o percurso foi preso.
- Não tenho nenhum motivo para
acreditar na versão dada por ele que alegou ter sido mais uma vítima dos
assaltantes. Disse que não sabe o que aconteceu após eles saírem do carro, que
não os conhece e que foi obrigado a dirigir o carro. Não determinei sua prisão
porque nessa história, por enquanto, temos apenas um carro e um condutor que
quando requisitado veio até nós, assim, nos faltou elementos para aprisiona-lo –
explica.
O fato de o suspeito não ter
acionado a Brigada Militar depois que supostamente foi liberado pelos bandidos
e de sua mãe ter mentido em relação ao automóvel aumentam as desconfianças de Brodbeck.
Ao finalizar, ele tem certeza que
os larápios fizeram um levantamento prévio do local, com a possibilidade de
ajuda de alguém da cidade, pois sabiam o funcionamento e rotina, o que permitiu
uma ação rápida que durou no máximo três minutos. Agora, o detalhe de eles
terem praticado o crime de cara limpa dá ao titular possibilidades.
- Foi audácia ou desespero, ou os
dois. Além disso, as imagens mostram um deles ordenando que os reféns sigam
para uma direção, e logo a seguir para outra, o que pode significar falta de experiência
nessa modalidade de assalto – concluiu.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com
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