quinta-feira, 13 de junho de 2013

Eu Falei participa de Campo e Lavoura de ZH

No sábado, 08, a pedido da Zero Hora, a reportagem do Blog Eu Falei esteve realizando um trabalho no Assentamento Rubira, 2º distrito de Piratini, onde o casal de agricultores Jaime Carvalho e Roberta Coimbra cultivam em sua propriedade variedades de cactus que de formas diferentes são vendidos em uma feira em Porto Alegre. A infinidade de pratos comestíveis em que a popular tuna pode ser utilizada, nos surpreendeu. A matéria é destaque na edição online de ZH nesta quinta-feira, Caderno Campo e Lavoura. Confiram além dos detalhes, o vídeo ao final da reportagem realizado pelo Eu Falei com Roberta e Jaime, (foto) técnico em agropecuária.

Cultivos exóticos conquistam produtores do RS

Culturas que sequer entram em estatísticas, devido à pouca produção no Estado, vêm ajudando produtores a ampliar a renda. Para melhorar ainda mais os ganhos, há quem invista também no beneficiamento e na produção orgânica. O desafio nesses casos, salienta Flávia Charão Marques, professora de desenvolvimento rural da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é melhorar a cadeia de produção e conquistar consumidores, oferecendo preços menores.
– São produtos destinados a uma pequena parcela de consumidores, em geral com mais acesso a informação e poder de compra. A estratégia desses produtores é aproveitar oportunidades nesse nicho de mercado. São produtos com valor agregado e qualidade – avalia Flávia.

É nesse caminho que plantas exóticas ou alternativas estão sendo cultivadas no Interior e servem de inspiração para outros produtores. E as opções de diversificação são muitas. No Sul do Estado, por exemplo, um investimento que chama a atenção é em cáctus. Na região Noroeste, um produtor que optou pela chia industrializa o produto e prevê expansão. O cultivo de mirtilo também conquistou o mercado pelas mãos de um agricultor da Serra. Veja como eles conseguiram explorar um negócio baseado em pequenos cultivos e grandes retornos.

Muitas vezes associado a regiões secas e desérticas, o cáctus foi escolhido por Nelson Diehl, 54 anos, que colhe a planta em cinco hectares em Piratini, no sul do Estado. Há cinco anos ele cultiva a espécie puntia, originária do México.
O produto chega aos consumidores na forma de sucos e pastas alimentícias, em feiras de produtos orgânicos. Todo o sábado, por exemplo, Diehl está na Feira dos Agricultores Ecologistas, das 7h às 13h, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. Na feira, o copo do 200ml de suco é vendido por R$ 2,50.

Diehl, que tem como atividade principal a produção e venda de insumos agrícolas minerais e a assessoria para melhoramento de pastagens, também trabalha com a produção e o estímulo ao uso da planta, que é de alto rendimento. Segundo o produtor, um hectare chega a render cerca de 200 toneladas e comporta até 1,5 mil pés.
Outra vantagem apontada por Diehl é o custo relativamente baixo de produção: cerca de R$ 700 por hectare em adubação, mais R$ 2 a muda da planta.

– É um excelente alimento para o homem. Também é uma forrageira fantástica, praticamente uma silagem a céu aberto. Não há forrageira que apresente um desempenho semelhante – salienta Diehl, que é administrador de empresas.
Cada pé de cáctus chega a produzir 20 quilos de frutos. Entre as vantagens da espécie cultivada no sul do Estado está a boa adaptação à variedade climática.

– A época propícia para o plantio é a primavera, pois frio excessivo e prolongado prejudica o desenvolvimento da planta – ressalta Diehl.
Agora, o objetivo do produtor é ampliar no Estado o uso do cáctus para a alimentação animal.
– É uma planta que tem tudo a ver com a agricultura sustentável. Se adapta muito bem às mudanças do tempo e também é importante alternativa de segurança alimentar. É um planta rica em nutrientes e que permanece disponível o ano inteiro – observa o produtor.
Confira mais detalhes no vídeo onde Roberta e Jaime detalham sobre o cultivo, suas propriedades e utilização do Cactus.
Matéria- Caderno Campo e Lavoura- Zero Hora.

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