Domingo- 24 de dezembro de 2017
Artesãs confeccionam os enfeites que decoram às casas no Natal |
Um
espaço singelo totalizando três cômodos cedidos no centro da cidade pela
prefeitura, principalmente nesta época do ano em que a data, segundo a
literatura nos fornece começou a ser celebrada através de Martin Lutero na
Alemanha em 1530, fica cercado por todos os lados, cantos e prateleiras, de símbolos desta festa católica
adotada em quase todo o planeta e importada da Europa.
As
tradicionais guirlandas, que enfeitam o primeiro acesso de lares, ou seja, a
porta mistura seu brilho no balcão de exposição na entrada desta fábrica de
enfeites natalinos com os bonecos de neve, costume que integra a cultura de
famílias de outros continentes.
Mais
alguns poucos passos, as botas que servem de adereço no período natalino às
lareiras e são imprescindíveis na decoração, assim como a rena que puxa o trenó
do personagem principal responsável por distribuir principalmente sonhos e
pedidos infantis: o Papai Noel. Por fim, fabricados por mãos hábeis e com
ingredientes que as tornam diferenciadas, a árvore de natal.
Nessa
mini fábrica de decoração natalina e, que exceto esse período do ano sobrevive
construindo peças artesanais em couro, mdf e porongos, para embelezar ambientes,
se revezam 34 senhoras, ou senhoritas, entre 23 anos, caso de Joseane Moura, e 76 anos, idade de Nara
Régio.
A Associação Piratiniense de Artesãs, criada em 2005, presidida por Elda
Westermann, pode ser considerada um misto de terapia ocupacional, um lugar para
deixar aflorar a criatividade e, por fim, a possibilidade de agregar renda ao
orçamento familiar das participantes sendo para algumas delas até mesmo a única
fonte de rentabilidade.
Em
menos de meia hora de coleta de dados para a composição desta matéria, foi
possível notar que as associadas neste dia, o que certamente ocorre com as demais,
produzem as peças com ingredientes únicos e que não podem faltar na noite
especial.
-
É maravilhoso estar envolvida, fabricar os artigos, pois adicionamos ao por as
mãos nos enfeites, entre outras coisas a paz que as pessoas tanto precisam-
resume Josane Freitas.
O
ambiente é tão saudável, que Felisbina Teles, 43, anos, parou de fabricar e
vender fraldas descartáveis, o que fez por 10 anos para sobreviver, e optou por
se somar as demais e hoje, com o marido desempregado, toda renda da família sai
das peças, afirmam todas elas, criadas com muito amor.
-
Também concordo que aqui é uma terapia. Não nos cansamos nunca porque sempre
tem algo novo para fazer, e estar envolvida com este sentimento natalino é um
prazer – sintetiza.
Marli
Westerman, 60 anos e tesoureira da associação, lembra que começou a fazer arte
com as mãos aos oito anos através dos ensinamentos da mãe, e fala de sua
satisfação ao ajudar a criar os símbolos comercializados pelo mundo a fora e
também chama a atenção para o verdadeiro significado da comemoração que está se
perdendo.
-Infelizmente
a data se tornou comercial. O “dar” presentes vem substituindo o verdadeiro
significado do Natal deixando a religiosidade em segundo plano. Dedicamo-nos e
temos um imenso prazer em fazer aquilo que vai enfeitar um lar no nascimento de
Jesus Cristo – conclui.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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