O
blog Eu Falei, bem mais do que dar início através da imprensa à campanha de
arrecadação de recursos para que os pais do bebê Maria Flor, de cinco meses, internada
em Porto Alegre possam realizar os exames no exterior e que são vistos como
último fio de esperança de que Flor não seja mais um dos raríssimos casos pelo
mundo da doença chamada “SMARD”, o tipo mais grave de atrofia muscular espinhal
com o agravante de insuficiência respiratória, o que obriga ao paciente ficar
ligado em uma máquina que o possibilita respirar 24 horas por dia para o resto
da vida.
Através
da internet, descobrimos Miguel e, com essa descoberta, foi possível constatar
que há sim a possibilidade de Flor viver mais que o um ano e sete meses que os
médicos deram aos pais como expectativa de vida para ela.
Miguel
têm três anos e, segundo a mãe Juliane Chechinel, foi internado em Florianópolis,
Santa Catarina, com 45 dias de vida dado a uma desidratação, e por lá
permaneceu dez meses dado a descoberta após um exame chamado Sequenciamento do
Exoma, feito em São Paulo e que na época custou R$ 8.000,00 e atestou que ele
tinha SMARD, teste que a família acionou a justiça para custear.
Nesse período, os pais foram treinados para
cuidarem do filho quando ele retornasse para casa, o que fizeram por cinco
meses.
-
Nossa vida financeira é bem crítica. Somos ajudados por pessoas e realizamos
várias ações para nos mantermos. Meu marido é autônomo e só agora a pouco, eu
voltei a trabalhar como gerente em uma
loja à tarde e a noite – conta Juliane.
A
solidariedade entrou em campo e, o casal que só tinha um terreno, teve a ajuda
de amigos e da comunidade na doação de materiais e construção da residência que
proporcionasse Miguel viver em um ambiente familiar.
Mas
a luta arduamente travada estava somente começando. Era necessário montar uma
verdadeira UTI em um espaço compatível, no caso, o quarto do menino. Novamente
a justiça foi acionada e o Estado foi obrigado a adquirir ou alugar, todos os
equipamentos necessários e também fornecer os profissionais capacitados para
cuidar do menino dia e noite.
Para
manter ele vivo, hoje no cômodo estão instalados um respirador avaliado em 33
mil reais, um Oxímetro, um Aspirador, uma Bomba de Infusão de Dieta, uma
Máquina de Tosse e um nebulizador, tudo conseguido através de ordens judiciais.
-
Aqui estamos preparados para tudo. Em abril do ano passado nosso filho teve uma
parada respiratória que durou uma hora e meia. No início, eu meu marido também
chamado Miguel, começamos os procedimentos
para reanima-lo, logo a seguir, foi a vez dos enfermeiros que nos acompanham e
por último o SAMU. Logo após ele foi levado de helicóptero para o hospital –
recorda.
Por
semana, alguns profissionais de domingo a segunda, frequentam a casa do casal
quatro enfermeiros ou técnicos de enfermagem, dois fisioterapeutas e um
fonoaudiólogo., tudo também custeado pelo Estado. O leite que tem o valor de R$
190.00 a lata.
- Ele não fala, pois acho que a cirurgia para
a colocação da traqueostomia pode ter lesionado as cordas vocais, o que foi
agravado com a parada respiratória, mas ele entende tudo e responde com
sorrisos quando gosta de algo ou alguém, ou com a face fechada quando não gosta
– relata Juliane que já está a par do caso de Flor e está tentando ajudar.
Ela
finaliza que dizendo que a desesperança e o medo são normais no princípio, e que o tempo que ainda resta de vida para as crianças
com a patologia dado pelos médicos geralmente é macabro, mas a luta diária para
manter o filho vivo no final vai fazer a diferença.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com
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